O grupo Alimentação voltou a surpreender no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da primeira leitura do mês, ao apresentar alta de 0,53%, na comparação com 0,08% no fim de setembro, conforme a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Com isso, a Fipe elevou a expectativa de 0,35% para o IPC de outubro para 0 40%.
De acordo com Moacir Mokem Yabiku, economista e pesquisador da Fipe, os alimentos in natura foram os principais a pressionar o grupo, ao diminuir o ritmo de queda para 0,45% após ceder 2,60% no encerramento do mês passado. "Esperávamos 0,25% para Alimentação e veio 0,53%, sobretudo por causa dos preços de legumes, verduras e frango", explica.
Além da pressão de Alimentação no IPC da primeira quadrissemana do mês, os preços administrados continuaram a não dar trégua. Da alta de 0,43% do índice do período, ante 0,39% no fim de setembro, 0,21 ponto percentual foi de preços administrados (combustíveis e energia elétrica). Ou seja, quase metade do aumento do IPC adveio do encarecimento dos monitorados.
Apesar dessa influência considerável sobre o IPC do período, Yabiku acredita que tanto os combustíveis quanto a conta de luz podem diminuir, um pouco, a pressão daqui para frente. Em contrapartida, os alimentos devem continuar pressionando o indicador.
Conforme o economista, a principal fonte de alta deve ficar com os alimentos in natura. Para ele, o movimento está em linha com o esperado para o período.
Fonte: DCI São Paulo