Cerca de 29% dos brasileiros estão com receio (alto ou médio) de perder o emprego no curto prazo. O número, que evidencia os efeitos da instabilidade econômica, pode manter retraído os ímpetos de compras para o final do ano.
Os dados fazem parte de uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e apontam que, apesar de altos, o indicador está menor que na última sondagem, quando 33% avaliavam estar correndo risco de ficar desempregado em setembro.
Segundo o levantamento, 36% dos entrevistados avaliam como ‘baixa’ a probabilidade de demissão, enquanto 35% acham que não há esse risco. De modo geral, 45% dos entrevistados declararam ter ao menos uma pessoa desempregada na residência, sendo que em 17% dos casos há duas ou mais pessoas nessa situação.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o emprego é um dos fatores que mais impactam a confiança do consumidor. “É a perspectiva de estar empregado e de que sua renda vai crescer ou se manter no mesmo nível que estimula o consumidor a comprar com segurança, inclusive nas aquisições de alto valor, que geralmente são feitas a crédito”, analisa.
Com relação a confiança do consumidor, o indicador de outubro alcançou 42,3 pontos, frente 42,1 pontos observados no mesmo período de 2017. Já na comparação com setembro de 2018, o cenário também é de estabilidade, pois se encontrava em 41,9 pontos. A escala do indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos, mostra uma percepção mais otimista do consumidor.
A avaliação do atual cenário econômico é o componente mais crítico na percepção dos entrevistados. Em cada dez brasileiros, oito (80%) avaliam de forma negativa as condições da economia. O pior fator e o desemprego (68%).
Fonte: DCI