O gás de cozinha teve o quarto e maior reajuste do ano autorizado pela Petrobras. Desde terça-feira (6), a estatal está vendendo o botijão de 13 quilos com aumento de 8,5%. Até o fim da semana o consumidor sentirá a alta no preço.
Na porta da empresa, o gás liquefeito de petróleo (GLP) passou de R$ 23,10 para R$ 25,07. Em cima disso, ainda se somam os impostos e os custos com a distribuição do produto e com a revenda.
E, dependendo do local da compra, os clientes devem ver os preços subirem nos próximos dias. “Seguramos os últimos dois aumentos, mas desta vez não vai dar. Estamos com a margem de lucro cada vez menor e cortando custos. Está muito difícil para o revendedor”, diz o dono da revendedora Toca D’Água, no Marapé, em Santos, José Guilherme Simões Nogueira. Ele entrega o botijão a R$ 88,00 e estima passar dos R$ 90,00 com esse novo reajuste.
Já Alessandro Benito Gonçalves Alvarez, da Supergasbras, no Macuco, jura esperar um pouco mais antes de repassar o reajuste. “Já recebemos os produtos com reajuste, mas vamos segurar um pouco para ver como reage o mercado para avaliar o quanto devemos repassar para o cliente”, falou ele, que ontem vendia a unidade a R$ 78,00 para entrega.
A Petrobras, que avalia os preços do GLP trimestralmente, explica que “a desvalorização do real frente ao dólar e as elevações nas cotações internacionais do GLP foram os principais fatores para a alta”.
Para essa conta, a empresa usa como referência a média dos preços do propano e butano comercializados no mercado europeu, acrescida da margem de 5%.
Economizando
Ninguém consegue deixar de cozinhar, então o jeito é tentar o gás mais em conta. Olhar o site da Agência Nacional de Petróleo (www.anp.gov.br/preco), que pesquisa o preço do GLP semanalmente, pode ser um bom jeito de achar o produto que não seja clandestino e barato. Ontem, era possível achar o botijão a R$ 59,00 em São Vicente. Outra opção é retirar na revendedora, que dá uma diferença de 30%.
Fonte: A Tribuna de Santos