A crise internacional servirá como um fator de fortalecimento da economia brasileira na avaliação da maioria dos 250 executivos que participaram de evento promovido ontem pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo (SP). A sondagem, realizada em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou que 88% dos entrevistados acreditam no potencial do País frente à crise.
"O Brasil não é um país para principiantes, mas as oportunidades existem", defendeu o presidente da Nestlé, Ivan Zurita, durante o evento. "A crise impôs uma nova realidade, mas o País continua com potencial enorme."
Como exemplo, Zurita cita os planos agressivos que a matriz da companhia, de origem suíça, traça para a subsidiária, operação que pretende dobrar até 2012. A fábrica da companhia inaugurada há dois anos em Feira de Santana (BA) já está totalmente ocupada e receberá novos investimento de ampliação.
Apesar do otimismo, os empresários se mantêm apreensivos em relação aos negócios atuais. Perguntados se a crise está em sua fase final, 57% responderam que não, contra 43% afirmativas.
Apenas 19% afirmaram que o desempenho de sua empresa hoje está acima dos níveis de 2008. Para 24%, o pico de 2008 será retomado até o final de 2009. Os demais 56% só acreditam que isto ocorra a partir de 2010.
Quanto à situação dos negócios neste ano, 36% afirmam que este está sendo um ano pior que 2008, enquanto 30% julgam ter melhorado. Os outros 34% alegam estar igual. Em pesquisa feita em novembro, 56% acreditavam estar um ano melhor, contra 9% para quem havia piorado.
Veículo: Gazeta Mercantil