A taxa média cobrada pelas administradoras de cartões de crédito chegou a 237,93% ao ano no mês de julho, constituindo-se nos juros mais altos do mercado, de acordo com levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Apesar disso, tem crescido ininterruptamente o volume de operações com uso do cartão de crédito. Essas operações representam, hoje, cerca de 25% de todas as movimentações creditícias do mercado. Somaram nada menos que R$ 14,566 bilhões no mês de julho, de acordo com números do Banco Central.
Houve aumento de 15,4% nas operações com dinheiro de papel em relação a junho, enquanto outras modalidades de crédito com juros menores foram menos procuradas. Casos do cheque especial, com juros anuais de 167,3% naquele mês, operação que recuou 1% no volume total, ou do crédito pessoal, com juros de 44,8%, com recuo de 0,2%.
O BC mostra também que o saldo acumulado das dívidas de pessoas físicas, feitas com cartão de crédito, somava R$ 26,491 bilhões em 31 de julho. Do total, R$ 9,36 bilhões (28,3%) eram dívidas vencidas há mais de 90 dias, o que tecnicamente é considerado inadimplência.
O aumento da inadimplência está diretamente relacionado ao aumento dos prazos para pagamento das faturas do cartão de crédito.
O prazo, historicamente, sempre foi de 30 dias, mas, na média dos primeiros sete meses deste ano, passou para 53 dias, com expansão para 62 dias nos meses de férias como junho e julho.
Veículo: DCI