Roupas até 18% mais caras

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Entre 20 peças, 14 subiram mais que a inflação média do ano, de 4,07%

 

Quem quiser dar roupas de presente neste Natal - item que está no topo da preferência de compras da maioria dos paulistanos, segundo pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) - vai encontrar preços mais altos. Neste ano muitos produtos subiram acima da inflação média - de 4,07% - na região metropolitana.

 

É o que mostra o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 20 peças analisadas, 14 subiram acima da inflação. As maiores altas podem ser observadas no agasalho infantil (18,77%), short e bermuda masculina (13,13%), saia (12,59%) e agasalho masculino (10,19%).

 

Fábio Romão, economista da consultoria LCA, diz que o aumento de preços foi motivado por dois fatores: as alterações climáticas no País - que fazem com que os varejistas tenham que segurar mais a coleção mesmo após a demanda dos consumidores pelos produtos diminuir - e a valorização do real, que favoreceu a oferta de produtos importados no mercado nacional.

 

Ainda que tenham subido mais que a inflação, os preços de 13 produtos avançaram menos que no ano passado. Um exemplo são as calças compridas femininas, que ficaram 10,33% mais caras em 2008 e aumentaram apenas 1,51% esse ano. O mesmo ocorreu com a calça comprida infantil - que subiu 10,76% em 2008 e apenas 1,72% esse ano. “Isso porque o dólar estava alto. Agora, a tendência para 2010 é que aumentem menos ainda com o câmbio favorável”, completa Romão.

 

O presidente do Sindicato dos Vestuários, Ronald Masijah, diz que o aumento de preços acontece no varejo. “Os preços das matérias-primas não subiram mais que a inflação e a concorrência com produtos importados não permite aumentá-los”, explica.

 

Preferências

 

Segundo pesquisa da ACSP em parceria com a IPSOS, 65,7% dos paulistanos que pretendem dar presentes vão adquirir roupas e calçados. A preferência é seguida por CDs (9%) e celulares (7,5%).

 

Preços mais altos não irão impedir a compra, diz Marcel Solimeo, economista e superintendente da ACSP. “O consumidor está mais disposto a se endividar e comprar a prazo com a volta de condições melhores de crédito.”

 

Dos entrevistados, 33% disseram que não irão comprar presentes este ano.

 

Veículo: Jornal da Tarde


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