Preço das carnes mais consumidas nas festas de Natal e Ano Novo caiu, segundo o Procon
O prato principal das ceias de Natal está mais barato em 2009. Segundo estudo do Procon de São Paulo, o preço das carnes típicas do fim de ano caiu em média 7,63% na comparação com 2008. O custo médio do quilo de produtos como chester, peru, tender e pernil suíno caiu de R$ 14,9 em 2008 para R$ 13,76 neste ano.
As demais categorias de produtos pesquisadas pelo Procon apresentaram preços mais altos se comparados ao ano passado. A maior alta foi das frutas em caldas que subiram 5,06%, seguidas dos panetones, com alta de 3,74% e das caixas de bombons com preços 3,36% maiores em média.
De acordo com a supervisora de estudos e pesquisas do Procon, Cristina Martinussi, a queda do preço das carnes está relacionada à valorização do real. “Com o dólar em baixa ficou menos rentável e competitivo exportar e parte da produção de carnes nacional foi direcionada para o mercado interno. Com mais oferta de produtos, os preços caíram”, explica.
O efeito do dólar também foi observado na carne bovina, medida em outras pesquisas do procon. Em novembro, o quilo da carne de primeira custava R$ 11,23, contra R$ 12,40 no mesmo mês do ano passado. O preço da carne de segunda também sofreu queda no mesmo período de R$ 9,46 para R$ 8,02 o quilo.
Apesar de mais baratas, as carnes também figuram entre os produtos com a maior diferença de preço entre os dez supermercados pesquisados pelo Procon na capital paulista. O quilo do pernil desossado temperado da Sadia, por exemplo, poderia ser encontrado por R$ 17,89 no Pão de Açúcar do Jabaquara, na zona sul, contra R$ 9,87 no hipermercado Andorinha, da Vila Amália, na zona norte (veja mais ao lado).
A única categoria de produtos que superou a diferença de preços das carnes foi o panetone. O mini chocotone infantil Bauducco registrou a maior variação entre o supermercado de maior e o de menor preço. O produto, encontrado por R$ 2,68 no supermercado Dias Pastorinho, na Vila Mariana e no hipermercado Andorinha, era vendido por R$ 5,99 no supermercado D’Avó, no Parque São Lucas, na zona leste.
A pesquisa do Procon também mostrou uma grande disparidade de produtos oferecidos pelos mercados. Dos dez mercados analisados pelo estudo, apenas três deles ofereciam mais da metade da lista de itens típicos da ceia de Natal analisados pelo Procon. São eles o supermercado Sonda, da Água Branca, na zona oeste, o hipermercado Andorinha e o Wall Mart do Pacaembu.
Para Cristina, a pequena quantidade de supermercados que apresentaram os produtos pesquisados se deve em parte ao período em que a pesquisa foi feita. “Como fizemos o levantamento no fim de novembro, muitas redes ainda estavam sem muita variedade de produtos. A partir de agora, é possível que haja mais oferta”, afirma. No caso das carnes, Cristina diz que os mercados começam a disponibilizar os produtos congelados em maior quantidade a partir das últimas semanas de dezembro. Outro fator que contribuiu para a pouca variedade de produtos natalinos em comum foi a estratégia de investimento de grandes redes em marcas próprias. “Não temos como comparar as marcas próprias e por isso elas não entram na pesquisa.”
Veículo: Jornal da Tarde - SP