A Altenburg, empresa catarinense do setor de cama, mesa e banho, estima que fechará o ano com um crescimento de 5% no faturamento em relação ao ano passado. A empresa inicia 2010 com estimativa de um crescimento de 15%, depois de um último trimestre forte em vendas, principalmente, de travesseiros, chegando a 1 milhão de unidades por mês, patamar histórico, 50% maior do que o volume comercializado no início do ano.
De acordo com o diretor comercial e de vendas, Quilian Rausch, a alta de 5% no faturamento foi considerada boa pela empresa, dado que 2009 começou de forma muito pessimista. "Entre janeiro e fevereiro parecia que o mundo ia desabar, mas lentamente as nuvens foram se dissipando, as vendas foram chegando a uma certa normalidade a partir de maio, com volumes fortes a partir de setembro", explicou ele, afirmando que inicialmente a meta para o ano era também atingir 15% de expansão.
O aumento de faturamento, segundo ele, ocorreu em um cenário no qual não houve possibilidade de reajuste de preços. A empresa, que historicamente concentra a maior parte das suas vendas no mercado nacional, sentiu a concorrência mais acirrada das tradicionais exportadoras de cama, mesa e banho, que se voltaram mais ao mercado interno para fugir da valorização do real ante o dólar nas exportações. Além disso, houve um aumento sensível das importações de produtos similares.
Dentre as estratégias usadas pela Altenburg em 2009 estiveram a diversificação maior do seu portfólio de produtos, atendendo das classes A à D, além de uma inserção maior de marketing em programas de televisão, alertando sobre a importância da troca do travesseiro a cada cinco anos. Além da Altenburg, a empresa é dona da marca Bom Sono.
Em 2009, as exportações da empresa responderam por 6% do volume total de vendas, ante 8% no ano anterior. Para 2010, Rausch diz que não "enxerga o mercado externo como uma alternativa muito viável" e pretende manter a fatia em 6%.
No ano que vem, o foco continua sendo principalmente o mercado nacional. Em fevereiro, a Altenburg coloca em operação uma fábrica no Nordeste e pretende ampliar a participação dessa região nas suas vendas, dos atuais 18% para 22% no próximo ano. A unidade, localizada na cidade de Nossa Senhora do Socorro (SE), recebeu investimentos de R$ 17 milhões e foi locada por três anos até que a empresa construa sua própria fábrica na região
Veículo: Valor Econômico