A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) espera um crescimento do setor têxtil como um todo de 4% em 2010. A previsão de alta para a confecção é de 3,7% e, para o varejo, de 6,5%. Esses números devem ser alcançados depois de um 2009 muito ruim, com queda de 6,7% no setor têxtil, 8% na confecção e 4,6% no varejo.
"O setor têxtil vai crescer como há muito tempo não crescia. Existe uma série de fatores que devem possibilitar a alta este ano: as medidas anticíclicas adotadas pelo governo, o crescimento da renda, o aumento de postos de emprego. Além disso, é ano eleitoral", comentou o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, em entrevista no Fashion Rio. De acordo com ele, apesar de o ano passado ter sido ruim, o uso da capacidade instalada está alto, perto dos 87%, o que faz com que estejam previstos novos investimentos.
O dólar baixo foi citado como um dos maiores problemas a serem enfrentados pelo setor, que registrou um déficit de US$ 2,2 em 2009. "Estamos pensando em estratégias para aumentar as exportações. Por exemplo, faltam acordos bilaterais com os Estados Unidos. A Venezuela também é um mercado potencial, pois eles não produzem nada", disse Diniz. A Argentina continua sendo o principal destino das exportações de têxteis brasileiros; seguida de perto pelos Estados Unidos e Paraguai.
Emprego
O setor prevê criar mais de 40 mil empregos formais este ano. "É um número muito importante para o nosso estoque de 1,650 milhão de empregos. Acreditamos que 2010 vai ser muito importante para o setor", afirmou Diniz Filho.
Veículo: DCI