Mais pobres puxam consumo de duráveis

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O boom da compra de bens duráveis que ocorre no país foi sustentado pelos consumidores com renda familiar de até três salários mínimos. De 2004 para 2007, produtos como geladeira, fogão, televisor e máquina de lavar roupa estavam mais presentes nos lares de todo o país devido à aquisição por pessoas dessa faixa de renda, mostra a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad). "A população menos abastada passou a ter acesso a esses bens", diz o pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Pereira. 

 

A expansão da oferta de crédito e o aumento do emprego com carteira assinada, além da alta da renda, explicam a nova onda de consumo. "A população passou a ter mais crédito e a carteira de trabalho aumenta o acesso ao crédito na hora de comprovar a renda", afirma Pereira. 

 

Em apenas três anos, a televisão passou a ser item presente em quase todas as casas do país (94,5%). Nos lares menos ricos, o aparelho de televisão estava em 83,2% no ano de 2004 e passou para 91% no ano passado. 

 

A geladeira também ficou mais acessível aos que ganham menos e a sua presença aumentou de 77,5% para 84,4% das casas na faixa de renda de até 3 mínimos. Nos domicílios com renda de mais de 3 a 10 mínimos, a geladeira estava em 96,7,1% deles em 2004 e a participação aumentou para 98,1% em 2007. A presença da geladeira nas casas com renda superior a 10 salários mínimos passou de 99,6% para 99,5% em 2007. 

 

A aquisição de computadores e a assinatura a serviços de acesso à internet explodiu no período, especialmente de 2006 para 2007. Os computadores, presentes em 12,6% dos lares em 2001, em 22,4% em 2006, aumentaram sua participação para 27% em 2007. A conexão com a internet, que estava em 8,6% dos domicílios em 2001, aumentou para 20,4% no ano passado. 

 

Na avaliação do especialista no mercado de telecomunicações Eduardo Tude, da consultoria Teleco, os preços mais baixos ajudaram a aumentar a venda dos computadores nos últimos anos. "O governo reduziu os impostos e o dólar caiu e ajudou a baixar os preços dos componentes importados." A pesquisa revelou ainda o uso crescente da telefonia - 77% das residências possuíam acesso ao serviço, seja fixo ou móvel. Mais de um terço (31,7%) dos lares tinha apenas o serviço móvel. A Pnad 2007 mostrou ainda que pela primeira vez o acesso a redes de esgoto atingiu mais da metade dos domicílios brasileiros, passando de uma cobertura de 48,5% para 51% de 2006 para 2007. (APG) 

 

Veículo: Valor Econômico


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