A Nestlé já plantou 140 mil mudas de cacau resistentes a doenças para distribuir aos produtores na Costa do Marfim, e deverá elevar o número em 1 milhão por ano até 2012, segundo Klaus Zimmermann, diretor de pesquisa e desenvolvimento mundial da multinacional.
Em 2009, a Nestlé lançou um plano para doar as mudas de alto rendimento para agricultores, com a ideia de, possivelmente, dobrar sua produtividade e melhorar a qualidade do cacau do país africano, que frequentemente é baixa. Com o reforço tecnológico, diz a empresa, a produtividade poderá aumentar entre 50% e 200%.
"Neste ano, almejamos produzir 500 mil mudas, e a partir de 2011 em diante, 1 milhão por ano", disse Zimmermann durante visita do presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, a instalações da Nestlé na Costa do Marfim na semana passada. Zoellick, por sua vez, reforçou a necessidade de o país realizar reformas no segmento, incluindo mais transparência e menos impostos.
A Costa do Marfim é o maior país produtor de cacau do planeta, responsável por atender 40% da demanda do mundo, mas sofreu nos últimos anos com o baixo rendimento das plantações, provocado pelo envelhecimento das árvores e pela proliferação de doenças. As reformas no segmento cacaueiro vêm sendo impedidas pela crise política que persiste desde a guerra de 2002-2003, que dividiu o país em dois.
Veículo: Valor Econômico