Redução de etanol na gasolina deve elevar custo para distribuidora

Leia em 2min 20s

A redução de 25% para 20% na mistura do etanol anidro à gasolina, que entrou em vigor ontem e vai até 1º de maio em todo território nacional, deve aumentar o custo do combustível para as distribuidoras de R$ 0,01 a R$ 0,06 por litro. A previsão é de Alísio Vaz, vice-presidente executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom). "Esse aumento de custo vai depender da forma como é arrecadado em cada estado o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que será de R$ 0,05 a R$ 0,06 em São Paulo, no Paraná e Rio Grande do Sul", afirmou Vaz. "Já no Rio de Janeiro, a gasolina sairá das refinarias cerca de R$ 0,01 mais cara. A média Brasil é de R$ 0,03", completou.

 

De acordo com o executivo, o aumento no custo da gasolina às distribuidoras ocorre porque a carga tributária ao combustível de petróleo é maior que a do álcool anidro. Por isso, o aumento da participação da gasolina na mistura encarece mais o produto vendido aos postos. "A gasolina paga mais Contribuição de Intervenção no Domínio Econômica (Cide) e PIS/Cofins que o álcool e ainda incorpora o ICMS; por isso o custo sobe com a redução da mistura", disse.

 

Vaz afirmou, no entanto, que não é possível saber se as distribuidoras repassarão o aumento do custo da gasolina aos postos e ainda quando isso ocorreria. "Isso é um problema de cada empresa, que irá decidir se irá ou não repassar esse aumento aos postos", concluiu. Se o aumento chegar aos consumidores, o preço do litro da gasolina, de R$ 2,60, poderia saltar para R$ 2,66 em São Paulo (+2,3%).

 

O etanol combustível segue competitivo no tanque dos carros flex fuel apenas no Estado do Mato Grosso, de acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em 25 estados e no Distrito Federal, a gasolina segue competitiva no bolso do consumidor. São Paulo, que concentra mais de 50% do consumo de etanol, continua com a maior competitividade para a gasolina, na média da ANP, pela primeira vez na história.

 

Argentina

 

A Argentina inicia o segundo mês de 2010 sem cumprir a Lei de Biocombustíveis que obriga a todas as refinarias do país a misturar 5% de etanol na gasolina e 5% de biodiesel no diesel. A lei entrou em vigor no dia 1º de janeiro. A demanda de etanol para atender a norma é de 282 milhões de litros, mas a capacidade de produção é de 202 milhões de litros. Das 22 usinas de cana-de-açúcar do país, somente nove têm licença do governo para essa produção.

 


Veículo: DCI


Veja também

Euro RSCG e Bullet retomam operações de publicidade digital

Os investimentos na área digital continuam em ascensão no mercado de agências de propaganda. A opera...

Veja mais
Drogarias investem para não perder espaço para mercados

Com o interesse de grandes players do varejo como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour e também de...

Veja mais
Linha branca supera expectativa

Com a proximidade do fim do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para linha branca, os consumidores procuraram ...

Veja mais
Mercado de açúcar segue com desempenho positivo

O mercado de açúcar continua com desempenho positivo, sem perspectivas de queda para o primeiro trimestre ...

Veja mais
Tendências do varejo mundial

Quase a totalidade das redes varejistas do mundo está apostando suas fichas no uso das mídias sociais &nb...

Veja mais
Mudança genética triplica vida de tomate

Fruto patenteado por instituto indiano de pesquisa suporta armazenamento por 45 dias em temperatura ambiente - Segundo c...

Veja mais
Material escolar: economia de até 20%

Pesquisa do Procon-SP realizada na capital alerta para a necessidade da comparação de valores   O p...

Veja mais
Pão de Açúcar: peso maior para marca Extra

O Grupo Pão de Açúcar pretende fortalecer a marca Extra nos próximos anos, afirmou nesta qua...

Veja mais
Pão de Açúcar planeja abrir 100 mil vagas

Com um plano de investimento recorde de R$ 5 bilhões para o triênio 2010-2012, o Grupo Pão de A&cced...

Veja mais