O Grupo Pão de Açúcar pretende fortalecer a marca Extra nos próximos anos, afirmou nesta quarta-feira o vice-presidente sênior da companhia, Enéas Pestana. Entre os investimentos previstos para o triênio 2010-2012, estão a abertura de diversas lojas Extra Supermercado, voltadas para os segmentos de renda média (classes B e C).
O foco na marca é justificado, segundo Pestana, pela força demonstrada por ela em pesquisas junto ao público e em testes da própria companhia. Com os resultados positivos, o Pão de Açúcar já considera inclusive a possibilidade de substituir as marcas Compre Bem, que possui 156 lojas em São Paulo, e Sendas - com presença no Rio de Janeiro.
"O Extra é uma marca forte, que pode substituir o Compre Bem completamente. Vamos testar isso em algumas regiões e, se houver retorno positivo, isso pode ser ampliado", disse o vice-presidente. A experiência, segundo ele, já foi feita no bairro do Mandaqui, em São Paulo, e o resultado foi "muito bom".
Pestana afirmou ainda que a rede Sendas, que possui 57 lojas no Rio de Janeiro, não está dentro dos planos de investimentos da companhia para os próximos três anos - que incluem, no Estados, Pão de Açúcar e Extra Supermercados. "Mas isso não quer dizer que vamos fechar essas lojas. O que podemos fazer, eventualmente, é uma conversão Ápara a marca Extra", disse.
Além disso, a marca Extra será a bandeira utilizada em postos de gasolina e drogarias, que serão um dos focos do grupo no triênio. "Nós nos consideramos varejistas não só em alimentos", afirmou o executivo, ao explicar o interesse do Pão de Açúcar em expandir suas atividades no setor de varejo.
O Pão de Açúcar anunciou nesta quarta-feira o plano de investimentos para os próximos três anos, que inclui R$ 5 bilhões a serem aplicado na abertura de novas lojas - ao todo, serão 300, cem delas só neste ano -, reformas das instalações já existentes, aquisição de terrenos estratégicos e tecnologia da informação.
"Estamos muito otimistas com 2010, que deverá ser um ano excelente para o varejo", afirmou Pestana, citando a Copa do Mundo, as eleições e o crescimento da renda e do emprego como fatores positivos para o setor.
Os planos não incluem o setor de eletroeletrônicos, que deve ter sua própria estratégia após a aprovação da operação com as Casas Bahia pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que não tem data para ocorrer. (FP)
Veículo: Diário do Comércio