Preços de verduras e legumes seguem em alta

Leia em 1min 50s

As chuvas intensas que atingem o Estado devem continuar puxando os preços de verduras e legumes - mais suscetíveis a esse tipo de ocorrência climática - para cima. Alguns itens, como a vagem-comum, já subiram 74,62% nos últimos 12 meses em São Paulo de acordo com o Índice de preços ao Consumidor calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). (Veja quadro ao lado)

 

“As chuvas se prolongaram por todo o ano passado e continuam fortes neste primeiro mês do ano, prejudicando plantações e aumentando os preços no atacado, que são repassados para os consumidores nas feiras”, diz o economista Josmar Macedo, da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), que baliza os preços do mercado.

 

“Os produtos também estão difíceis de serem encontrados e com menor qualidade por causa das chuvas”, analisa a nutricionista Adriana Passanha, da Faculdade de Saúde Pública da USP.

 

Verduras hidropônicas, cultivadas em estufas e protegidas do clima, podem não significar economia para o consumidor. “Com o aumento da demanda, elas ficaram mais caras”, diz Macedo.

 

Apesar de a alta ser generalizada no grupo hortaliças e legumes (24%) em São Paulo, bem acima da inflação geral, de 5,39%, os legumes, em geral, subiram menos.

 

“Alguns são mais resistentes à chuva enquanto a região produtora de outros não sofreu tanto com o clima”, explica Macedo. Já entre as verduras a alta expressiva foi verificada em quase todos os produtos exceto o milho verde, cujo preço caiu 10% no período.

 

Contudo, ainda existem alimentos com maior oferta, pois estão na época de colheita. Estes devem fazer parte da cesta do consumidor interessado em driblar aumentos, indica André Braz, economista da FGV. “Comprar menos também ajuda a conter o avanço dos preços, uma vez que, são produtos perecíveis e não podem ser estocados por muito tempo”.

 

Em São Paulo, hortaliças e legumes (3,80%) e frutas comprometem em média, 6,60% do orçamento familiar. No grupo alimentação, estes alimentos respondem por 21% do peso desta classe de despesa.

 


Veículo: Jornal da Tarde - SP


Veja também

O império das marcas

Com investimentos de 5 bilhões de reais e uma gestão tipicamente brasileira, o empresário Joã...

Veja mais
O eleito de Abilio

O que levou Enéas Pestana a ser escolhido para suceder Claudio Galeazzi no comando da maior rede varejista do pa&...

Veja mais
Rede Walmart se antecipou à lei

Parecia uma resposta ensaiada. Questionadas sobre a intenção de tirar seis meses de licença-materni...

Veja mais
Vendas da Barbie dão novo impulso à Mattel

As vendas da boneca Barbie impulsionaram os resultados da Mattel, que registrou lucro de US$ 328,4 milhões no qua...

Veja mais
Fabricante catarinense estima nova queda nas exportações este ano

As indústrias têxteis de Santa Catarina projetam para 2010 um resultado bastante tímido nas exporta&...

Veja mais
Philco planeja produção de TV em Manaus

Eletroeletrônicos: Fabricação de TV de tubo e LCD faz parte de estratégia que inclui publicid...

Veja mais
À espera da Kraft, Cadbury investe em chiclete de leite

"Há pelo menos cinco anos me perguntam quando a Cadbury vai lançar chocolate no Brasil", diz Oswaldo Nardi...

Veja mais
GP sai mas deixa sua marca na gestão da BR Malls

Varejo: Metas são exigidas dos 35 shoppings do grupo, que competem entre si em busca do melhor resultado   ...

Veja mais
Estiagem poderá limitar safra colombiana de café

Se no Brasil as fortes chuvas na região Centro-Sul estão prejudicando a qualidade da atual safra de caf&ea...

Veja mais