O preço da cesta básica subiu em janeiro na comparação com dezembro em dez das 17 cidades brasileiras pesquisadas, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas ocorreram em Goiânia (4,61%), Salvador (1,43%) e Florianópolis (1,1%). As principais retrações de preço foram observadas em Belo Horizonte (-3,87%) e Brasília (-3,49%).
Na comparação com janeiro de 2009, no entanto, o preço da cesta básica teve queda em todas as 17 cidades. Nesse caso, as mais intensas foram em Belo Horizonte (-11,35%) e Goiânia (-9,38%). Em São Paulo, a cesta básica registrou queda de 1,39% na comparação com dezembro de 2009 e de 6,84% em relação a janeiro de 2009.
O valor cobrado pelo conjunto de produtos que compõem essa cesta é o segundo mais alto das capitais pesquisadas, atingindo R$ 225,02. A cesta básica mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 236,55). Já os menores preços foram apurados em Aracaju (R$ 169,13) e João Pessoa (R$ 171,97).
Segundo o Dieese, a alta observada nas capitais em janeiro em relação a dezembro foi provocada pela elevação de preços de produtos de grande peso na composição da cesta, como o açúcar, que subiu em 16 das 17 capitais pesquisadas. Outro item que contribuiu para a elevação foi o arroz, que avançou em 12 capitais, especialmente em Belo Horizonte (8,51%) e Vitória (7,41%). Carne e pão, dois dos itens com maior peso na cesta, subiram em dez capitais. Goiânia registrou a maior alta de carne (6,67%) e Curitiba o maior reajuste de pão (3,17%). Oito itens foram destaques de queda. O tomate ficou mais barato em 15 capitais, o óleo de soja em 13 e o café em 10.
Salário mínimo – Segundo o Dieese, o salário mínimo do trabalhador brasileiro deveria ser de R$ 1.987,26 em janeiro de 2010 para suprir suas necessidades básicas e da família. Esse valor equivale a 3,9 vezes o valor do mínimo, de R$ 510, que passou a vigorar no dia 1º de janeiro deste ano.
O cálculo do Dieese se baseia no preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência. Em dezembro de 2009, quando o salário mínimo era de R$ 465, o menor salário deveria ser de R$ 1.995,91, ou 4,29 vezes maior.
Veículo: Diário do Comércio - SP