Revolução nos tecidos

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"A comparação que faço é com a fotografia digital". É assim que Roberto Valentim, dono da recém-criada RValentim Estamparia Digital, explica o revolucionário processo de estampar tecidos. A proposta da RValentim é ser uma "grife" no mercado de estamparia, oferecendo serviços cada vez mais customizados e exclusivos para profissionais como arquitetos, decoradores e designers. Ele vai produzir também acessórios - bolsas, lenços de seda, objetos de decoração. "É um caminho sem volta. Esse processo permite agilidade, rapidez, variedade e a possibilidade de imprimir peças únicas, com alta tecnologia", afirma Valentim. As estampas, até pouco tempo atrás, eram feitas por meio de cilindros e quadros de silk screen. Mas a DuPont lançou uma máquina impressora que permite que inúmeras criações - motivos, estampas, cores quaisquer - sejam gravadas em um arquivo digital e vá direto para a impressora. A "sutil" diferença é que do outro lado sai tecido e não papel. Outras vantagens, segundo Valentim, são a redução de estoque e a agilidade no processo. "Com essas impressoras - por enquanto há apenas duas, a da DuPont e uma italiana - os profissionais podem criar o que quiserem, com cores ilimitadas. As provas ficam prontas velozmente e, o mais importante, em pequenas quantidades; nesse mercado vai acontecer tudo muito rápido".

 

Valentim não utiliza nenhum processo químico na produção das estampas. A tinta usada na impressora - a Pigmento, da Dupont - é à base de água e não tem corantes. Ele já está testando imprimir em tecidos de lona de caminhão reciclados e outros feitos de garrafas tipo pet. "Eu pretendo ser 100% sustentável, embora ache o termo 'produto verde' um tanto desvalorizado". O empresário tem diversos anos de experiência nessa área. Durante 17 deles foi diretor de marketing da Artfix Print Solutions, empresa especializada em impressão de cartazes, painéis, adesivos. Ele lembra que quando começou no setor todos usavam o processo de serigrafia e demorou aproximadamente dez anos para surgir os primeiras parques gráficos digitais.

 


Veículo: Valor Econômico


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