O Rio Grande do Sul tem cinco mil farmácias, 750 em Porto Alegre. Boa parte delas está amparada em liminares judiciais que desobrigam o cumprimento das novas regras para o funcionamento dos estabelecimentos que entraram em vigor nesta quinta-feira em todo o País.
O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado (Sinprofar) não sabe qual o número exato de farmácias desobrigadas do cumprimento das regras. "Estamos amparados na liminar obtida pela ABCfarma (Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico), que disponibilizou um formulário em seu site para quem quisesse ser beneficiado pela ação. Não sabemos ao certo quantas farmácias gaúchas fizeram isso", diz o presidente do Sinprofar, Paulo Kopschina.
Segundo ele, as normas possuem pontos positivos e pontos negativos para os estabelecimentos varejistas. "O ponto positivo é que elas deixam claro quais são os produtos que a lei anterior chamava de correlatos e que não podem ser comercializados. Além disso, elas valorizam o profissional farmacêutico, o que é muito bom. Por outro lado, os pontos negativos é o fato de estarem debitando na conta das farmácias o hábito da automedicação dos brasileiros, proibindo a venda sem ser atrás do balcão de analgésicos, xaropes, antigripais", afirma.
Segundo ele, sete liminares em todo o País desobrigam o cumprimento das regras. "A primeira foi concedida 15 dias depois da publicação do novo documento, beneficiando as farmácias ligadas à Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias). Em razão disso, as outras associações se viram impelidas a entrarem com pedidos de liminar, na medida em que haveria um desequilíbrio, com umas devendo cumprir as regras e outras não", explica. Conforme Kopschina, com o cumprimento das novas determinações, haverá mais morosidade no atendimento.
Veículo: Jornal do Comércio - RS