Americano eleva gastos e Lowe's prevê retomada

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A Lowe´s, rede varejista de artigos para o lar dos Estados Unidos, prevê que as vendas em 2010 de suas lojas com mais de 12 meses terão crescimento pela primeira vez em três anos, depois de os consumidores terem mostrado uma disposição renovada para gastar em projetos do tipo "faça-você-mesmo".

 

O executivo-chefe da rede, Robert Niblock, disse ontem que o crescimento na procura por novos gabinetes de lavabos para banheiros, vasos sanitários de menor consumo e outros produtos de alto preço verificado em seu quarto trimestre fiscal, é "um sinal encorajador de que os consumidores estão ficando mais confiantes em empreender mais projetos" com sua renda excedente.

 

"Embora as incertezas continuem, há muitas indicações de que a pior fase do ciclo econômico ficou para trás [...] As perspectivas econômicas, em termos relativos, estão muito melhores do que há um ano", afirmou o executivo..

 

A Lowe´s anunciou queda de 1,6% nas vendas de lojas abertas há mais de 12 meses no quarto trimestre fiscal, em relação ao mesmo período de 2009, quando houve declínio de 9,9%. Em 26 dos 50 Estados americanos, no entanto, houve crescimento nas vendas por esse critério.

 

Para o atual ano fiscal, a empresa projeta aumento entre 1% e 3% nas vendas das lojas já existentes, revertendo a tendência de quedas trimestrais, tanto suas como da concorrente Home Depot, de maior porte, verificada desde 2006.

 

A Lowe´s, com quase 1,7 mil lojas nos EUA, avalia que o aumento nos gastos continuará centrado, de início, nos "projetos de fim de semana" e não em reformas mais significativas dos consumidores em suas casas.

 

Os desembolsos com produtos de maior preço, contudo, refletem uma mudança em relação ao comportamento durante a recessão, quando os gastos na Lowe´s e Home Depot concentravam-se em itens de manutenção e reparos básicos, como materiais para pintura, telhados e encanamentos.

 

Niblock ressaltou que os consumidores no país ainda estão sob pressão financeira, influenciados pelo declínio nos preços imobiliários residenciais, o alto desemprego e as restrições de crédito.

 

A Lowe´s é a mais recente varejista centrada na classe média a registrar novo vigor nos gastos da renda excedente dos consumidores americanos, depois da loja de departamentos JC Penney e do grupo de cosméticos Estée Lauder.

 

O lucro líquido trimestral da Lowe´s totalizou US$ 205 milhões, 26,5% a mais do que no mesmo período de 2009. As vendas avançaram 1,8%, para US$ 10,2 bilhões.

 

O resultado anual apontou recuo de 2,1% no lucro, para US$ 47,2 bilhões. (Tradução de Sabino Ahumada)
 

 

Veículo: Valor Econômico


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