Com aporte de R$ 197 milhões, Cargill expande seu complexo em Uberlândia

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A Cargill inaugurou ontem a expansão de sua fábrica de amidos e adoçantes derivados de milho em Uberlândia, o maior complexo industrial do grupo fora dos Estados Unidos. Segundo o presidente mundial da empresa, Gregory Page, a ampliação, que consumiu um investimento de R$ 197 milhões, permitirá um aumento da capacidade de processamento de 70%. De capital fechado, a multinacional norte-americana é econômica ao fornecer informações. A empresa não revela nem a nova capacidade de produção, nem o total que processou no ano passado.

 

Do total aplicado, R$ 85 milhões foram investidos na montagem de uma usina de biomassa, que utilizará bagaço de cana e cavaco (resíduo de madeira plantada) para a geração de 22 megawatts médios (MWm), o equivalente a 70% do consumo de energia do complexo. Segundo o presidente da Cargill do Brasil, Marcelo Martins, não há intenção da empresa em entrar no mercado de energia.

 

A Cargill faturou no Brasil R$ 16 bilhões em 2008. O número do ano passado deverá ser divulgado no próximo mês. Em 2009, a empresa teve queda de faturamento em termos mundiais, passando de US$ 120,4 bilhões para US$ 116 bilhões, o que significa um recuo de 3%. Gregory Page minimizou o resultado do ano passado. "O que importa é a nosso volume físico de produção, já que interfere no faturamento a flutuação do dólar e da própria cotação das commodities", disse, sem mencionar a evolução da produção física.

 

Segundo Martins, a ampliação da unidade de Uberlândia visa principalmente o mercado interno. O executivo citou dados das entidades patronais da indústria alimentícia prevendo um crescimento de 4,5% no faturamento das empresas do setor em 2010, patamar ligeiramente acima dos 4,09% registrado pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentação (Abia) em 2009.

 

Na fábrica de Uberlândia, a Cargill produz insumos para as indústrias de doces, sucos em pó, cerveja e lácteos, além de fabricar ainda óleo de milho e ração para animais. Trabalha não apenas com derivados de milho, mas também de soja, oleaginosa para a qual não houve investimento de expansão no Triângulo Mineiro este ano. Segundo Martins, a previsão é operar a 95% da nova capacidade até julho, o que já faz prever, a médio prazo, uma nova ampliação.

 

Veículo: Valor Econômico


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