Entrada de grandes redes faz vendas pela internet dispararem em 2009

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Enquanto o comércio tradicional amargou queda nas vendas no ano passado por conta da crise econômica, as vendas pela internet dispararam: o faturamento do setor alcançou R$ 10,6 bilhões – uma expansão de 30% em relação a 2008, de acordo com dados divulgados ontem pelo e-bit, empresa especializada em e-commerce, em parceria com a câmara e-net. Não entram nessa conta as vendas online de veículos, passagens aéreas e leilões virtuais.

 

De acordo com o diretor geral do e-bit, Pedro Guasti, o resultado ficou acima da expectativa do início de 2009, que previa alta  de 20% a 25% por conta da possível retração nas vendas como reflexo da crise. Ao todo, 17,6 milhões de consumidores adquiriram produtos pela internet em 2009, 33% mais do que no ano anterior. "Mesmo assim, ainda há muito espaço para crescer, pois esses consumidores representam apenas 26% do total de internautas brasileiros", disse Guasti.

 

Marcas de peso – Segundo o executivo, um dos principais motivos para a expansão verificada no ano passado foi a entrada de grandes varejistas tradicionais no comércio eletrônico, como Casas Bahia. "Marcas fortes têm o poder de atrair novos consumidores e, assim, ampliar as vendas. As pessoas se sentem mais seguras em comprar quando reconhecem um grande varejista."

 

Não por acaso, 90% do total vendido pela internet é responsabilidade dos 50 maiores varejistas brasileiros. As outras 4.950 empresas que atuam legalmente na internet são responsáveis pelos 10% restantes.

 

A exemplo do que ocorre no varejo tradicional, as datas comemorativas também alavancam as vendas do e-commerce. Em 2009, um terço do total vendido no ano todo foram provenientes das compras para dia das mães, dia dos namorados, dia dos pais, dia das crianças e Natal. "Um fato que nos chamou atenção foi que, pela primeira vez em 2009, o dia das crianças (R$ 450 milhões de vendas) foi mais representativo em termos de faturamento do que o dia das mães (R$ 440 milhões), tradicionalmente a segunda melhor data de venda, atrás apenas do Natal", disse o diretor do e-bit. Um dos motivos apontados para isso foi a melhora da economia a partir do segundo semestre do ano.

 

Expectativas – Para este ano, a previsão é que 23 milhões de pessoas realizem compras online, ultrapassando R$ 13,6 milhões de faturamento no período, o que representará uma alta de 30% sobre 2009. Apenas para o primeiro semestre a expectativa é de que as vendas alcancem R$ 6,1 bilhões, ou 45% do total de vendas online de todo 2010. "A Copa do Mundo será a grande alavancadora  de vendas no primeiro semestre, a exemplo do que ocorreu em 2006, no campeonato anterior, com expansão de venda de televisores e produtos esportivos", diz Guasti.

 

Veículo: Diário do Comércio - SP


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