A inflação mensurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) ganhou força por causa dos preços dos alimentos e do vestuário. O índice subiu 0,93% até a quadrissemana encerrada em 15 de março, taxa 0,05 ponto percentual acima do que foi apurado no IPC-S da primeira quadrissemana de março, quando avançou 0,88%. A informação foi anunciada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador, apenas duas apresentaram acréscimos em suas taxas de variação de preços, da primeira para a segunda quadrissemana do mês de março.
A aceleração do IPC-S foi influenciada por um cenário de inflação mais intensa nos preços de alimentação (passando de 1,95% para 2,42%); e pelo fim de queda nos preços de vestuário (de retração de 0,70% para 0,07%).
Segundo a FGV, as contribuições para a inflação mais forte dos alimentos partiram de acelerações nos preços de hortaliças e legumes (passando de 8,19% para 10,69%) e frutas (com alta de 3,36%, ante alta de 2,84%, registrado anteriormente).
Já no grupo vestuário, o término da deflação foi causado pela chegada da nova coleção outono-inverno nas lojas. Isso enfraqueceu a queda nos preços de roupas (de recuo de 1,14% para retração de 0,36%), no mesmo período analisado.
As outras classes de despesa usadas para cálculo do indicador apresentaram desacelerações ou quedas de preços. É o caso de habitação (de 0,34% para 0,30%); saúde e cuidados pessoais (de 0,47% para 0,39%); educação, leitura e recreação (de 0,07% para -0,02%); transportes (de 1,38% para 0,79%); e despesas diversas (de 0,42% para 0,20%).
Ao analisar a movimentação de preços entre os produtos, a FGV informou ainda que as altas mais expressivas foram registradas em tomate (45,33%); açúcar refinado (11,70%); e batata-inglesa (10,22%). Já as mais expressivas quedas de preço foram apuradas em maçã nacional (retração de 20,34%); cenoura (recuo de 6,99%); e contra filé (valor negativo de 4,21%).
A próxima apuração do IPC-S será anunciada no dia 22.
Veículo: DCI