A fabricante de lingeries Duloren quer entrar nas cômodas das moças de fino trato. Batizada de Exilia, sua primeira marca de "luxo" teve investimento de R$ 500 mil. A produção inicial é de 50 mil peças, mas a empresa quer chegar a 150 mil em um ano. A seu favor, tem uma rede de 22 mil pontos-de -venda. "Vou aproveitar meu canal de distribuição. Acredito que de 3 a 5 mil pontos devam se interessar pelas peças", afirma Roni Argalji, presidente da Duloren. "Decidimos entrar no segmento porque não há ninguém atuando neste nicho", afirma ele, ignorando ou não considerando quem já está trabalhando com este público no país. "Hoje, as consumidoras precisam comprar marcas de fora." As peças serão feitas com matéria-prima importada, tecidos e rendas francesas, bordado suíço e vão ter cara "vintage". "A marca foi criada para a mulher que usa lingerie com apelo de moda e não quer repetir peças. É aquela que se olha no espelho e se ama." A Duloren deve faturar R$ 130 milhões este ano.
A empresa também tirou do forno sua marca masculina de cuecas, colocada no mercado no mês passado. A idéia de Argalji é oferecer um produto com modelagem adequada. "Quando faço a cueca G, é realmente deste tamanho. No mercado muitas marcas economizam no molde para baratear o produto." Ele adiou o lançamento - anteriormente marcado para o primeiro semestre - para investir na tecnologia do conforto. "Por causa da qualidade do material meu produto é de 20 a 30 % mais caro do que as peças do mercado." A estratégia é também utilizar a rede de distribuição Duloren já que, segundo Argalji, 80% da compra de cuecas é feita por mulheres que já frequentam as lojas. Para coroar todas as mudanças, a Duloren encomendou da Tátil Design uma revitalização do logotipo depois de 15 anos com o mesmo desenho. "Demoramos um ano para finalizar as decisões sobre o logo. É um processo difícil, mas que já estava mais do que na hora de fazermos." O intuito foi renovar a marca e dar mais visibilidade no ponto-de-venda.
Veículo: Valor Econômico