Em discussão há mais de duas semanas, para decidir o impasse da Casas Bahia com o Grupo Pão de Açúcar (GPA), fontes ligadas ao assunto informaram que as reuniões se encaminharão bem esta semana. Durante toda semana passada, as reuniões em torno do impasse prosseguiram, a movimentação durante o fim de semana só foi suspensa, devido a viagem de acionistas.
A discussão continua sendo implementações no contrato que uniu as empresas e formou uma gigante no varejo, companhia capaz de faturar R$ 40 bilhões. O clima se dá devido a demora de Diniz em aceitar uma revisão do valor a ser pago pelos ativos da Casas Bahia, que supostamente estariam subavaliados em R$ 2 bilhões, além dos aluguéis a serem pagos pelos imóveis das mais de 500 lojas da rede, acertados em R$ 130 milhões.
Além disso, Michel e Raphael Klein, herdeiros da Casas Bahia, alegam que não terão voz ativa nas decisões da nova companhia, porque, pelo acordo com o GPA, apenas quatro cadeiras ficariam com eles. Porém, Abilio Diniz ficaria com cinco lugares, o que torna o clã dos Klein voto vencido nas decisões estratégicas. Pessoas ligadas às negociações creem que as conversas têm evoluído. "Tudo caminha para um acerto", disse fonte próxima ao negócio. O problema é semelhante ao que Diniz teve em 2008 com a família controladora do Sendas.
Veículo: DCI