A Pfizer e Merck, as duas maiores farmacêuticas do mundo, mantiveram suas previsões de lucro no longo prazo. Os resultados dependerão do controle de custos das recentes aquisições das rivais Wyeth e Schering-Plough, respectivamente.
A receita líquida da Pfizer aumentou 54%, ficando em US$ 16,750 bilhões nos três primeiros meses deste ano.Por sua vez, o lucro líquido da farmacêutica, fabricante do Viagra, encolheu 26% no primeiro trimestre de 2010, para US$ 2,026 bilhões, contra US$ 2,729 bilhões obtidos entre janeiro e março de 2009.
Os dados refletem a aquisição da Wyeth, concluída em 15 de outubro do ano passado. A receita daquela empresa contribuiu para o resultado da Pfizer, que também sentiu impacto das despesas associadas com o acordo entre as duas companhias e de ajustes contábeis da compra associados com a operação.
“Após considerar o desempenho do primeiro trimestre de 2010, o impacto financeiro relacionado com a recente legislação de saúde dos Estados Unidos, de US$ 300 milhões, na receita deste ano assim como o fortalecimento do dólar, reforçamos nossa perspectiva financeira para 2010”, disse o diretor financeiro da Pfizer, Frank D’Amelio. A expectativa da companhia é de perfazer receita de US$ 67 bilhões a US$ 69 bilhões no calendário completo.
“Parece que as duas companhias estão sendo influenciadas pela redução de custos de aquisições, e isso se reflete diretamente no lucro”, disse o analista Damien Conover, da Morningstar. “Esta é uma tendência que continuaremos a ver no mercado.”
Mais resultados
A Merck teve lucro de US$ 299 milhões no primeiro trimestre, afetada por uma série de encargos e despesas recorrentes da recente reforma do sistema de saúde norte-americano. No mesmo período do ano passado, o lucro da empresa foi de US$ 1,43 bilhão.
A Merck mais que duplicou sua receita, para US$ 11,42 bilhões, impulsionada pelo acordo com a Schering. A farmacêutica informou que espera lucro em 2010. A companhia também afirmou que pretende atingir uma redução de custos de US$ 3,5 bilhões com a aquisição da Schering em 2012. O anúncio da queda da patente do Viagra no Brasil, na última semana, não afetou as ações da Pfizer, vendidas na Bolsa de Nova York.
Veículo: DCI