L'Oreal vai à birosca para vender mais

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Pequenas lojas, comércios locais e até biroscas - estabelecimentos menores que vendem de tudo um pouco em favelas - são o foco do grupo francês L'Oréal para aumentar as vendas para a baixa renda e contribuir para a meta de global de chegar a 2,5 bilhões de consumidores em 2020. O novo diretor da empresa para América Latina, África e Oriente Médio, Alexandre Popoff, diz que os países emergentes como o Brasil são os principais alvos da companhia para ganhar mais 1 bilhão de clientes.

 

Hoje os mercados fora dos Estados Unidos e Europa representam 85% da população e 50% do consumo mundial de cosméticos. Mas na L'Oréal, respondem só por 33% dos negócios. No Brasil, a empresa quer repetir a experiência vivida na Índia, onde 90% do comércio é feito em pequenas lojas. Aqui, o percentual é de 60%. "Hoje, os nossos produtos já estão nesse comércio, mas não de uma forma organizada", explica Popoff, que assumiu o cargo em janeiro.

 

Haverá troca de informações entre as equipes brasileira e a indiana e será intensificado o trabalho de promoção nos pontos menores. O material promocional e estandes serão dimensionados para pequenas lojas, permitindo uma exposição mais organizada dos itens. Será explorada principalmente a linha Garnier, mais barata do grupo, mas também a Elséve, de categoria intermediária.

 

Em 2009, o faturamento da L'Oréal Brasil cresceu 15%, ante 11,9% do mercado, segundo a Nielsen. Já no primeiro trimestre de 2010, a expansão foi de 32%. "Temos que relativizar um pouco esse resultado, já que o ano passado a crise ainda estava forte nesse período", pondera o executivo.

 

No Brasil, a L'Oréal tem duas fábricas, uma no Rio e outra em São Paulo. Essa última é a maior da empresa no mundo, com capacidade de fabricar 306 milhões de produtos por ano. Juntas, as duas entregam hoje 410 milhões de itens, mas esse número pode chegar a 600 milhões. Por enquanto, não há necessidade de uma nova fábrica no país. "Fazemos constantes investimentos para aumentar a produtividade todos os anos". A estimativa é que este ano a produção ultrapasse os 500 milhões, uma expansão de pelo menos 21%.

 

Veículo: Valor Econômico


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