Multiplan investe em empreendimentos multiuso

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Um empreendimento completo. É assim que a Multiplan começa a planejar os seus investimentos em novos shopping centers daqui para frente. Além de lojas, restaurantes, postos de serviços e áreas de lazer, os empreendimentos também já devem contar com centros comerciais e até condomínios para moradia.

 

A empresa planeja apostar fortemente nos multiusos, como o novo Park Shopping São Caetano que está sendo construído de forma integrada a uma nova área residencial da cidade, na região do ABC paulista.

 

Nos próximos dois anos, o grupo vai investir R$ 1 bilhão em quatro novos empreendimentos, entre eles o Village Mall, um novo shopping de alto luxo agregado ao complexo do Barra Shopping, e duas novas torres comerciais no Park Shopping de Brasília. O shopping do Distrito Federal acabou de passar por uma ampliação, que custou R$ 180 milhões, e agora receberá seu primeiro centro comercial para se tornar multiuso.

 

O presidente da Multiplan, José Isaac Peres, explica que a experiência da empresa mostra que, a cada dia, mais pessoas querem novas facilidades e ficar próximas aos locais onde podem comer, pagar contas e fazer compras. "O caos de uma grande metrópole está gerando esta necessidade. Hoje, as pessoas do Rio, por exemplo, vão mais vezes ao shopping do que à praia", conta o executivo do grupo.

 

A Multiplan está comemorando 35 anos em 2010. No próximo domingo, inicia uma campanha para mostrar sua história. Foram investidos R$ 6 milhões na ação e o primeiro anúncio será veiculado no intervalo do Fantástico, na TV Globo, durante 90 segundos.

 

Só este ano, a empresa está investindo R$ 433,3 milhões. Serão feitas expansões no BH Shopping, em Belo Horizonte, que vai ganhar 11.015 metros quadrados de área bruta locável e outra no Park Shopping Barigui, em Curitiba, que terá uma nova área de 8.110 metros quadrados. Além disso, a empresa está construindo o Park Shopping São Caetano, com 300 mil metros quadrados e previsão de inauguração em 2011, o Jundiaí Shopping, com abertura no segundo semestre de 2012, e o Village Mall, no Rio, que só abrirá as portas também daqui a dois anos. Há ainda a construção da torre comercial do Barra Shopping Sul (RS), com inauguração em 2011.

 

A empresa também investe na construção de condomínios. Só no Rio, foram construídos três empreendimentos de luxo na Barra da Tijuca, o Golden Green, em 1992, a Península Green, em 2002, e o Royal Green Península, em 2005. Porém, Perez diz que este não é o foco da Multiplan. "Menos de 20% do nosso investimento futuro será em moradias isoladas. O nosso foco continuará sendo os empreendimentos multiuso", conclui.



Ter vários tipos de loja acelera expansão, diz estudo


 
Os varejistas que trabalham com diferentes tipos de loja registram maiores taxas de crescimento e lucratividade, segundo o estudo "Os Poderosos do Varejo Global", desenvolvido pela Deloitte em parceria com a revista especializada Stores Magazine. A pesquisa, que tem como base o ano fiscal de 2008 e o encerrado em junho de 2009, mostra que mais da metade dos 250 maiores varejistas do mundo operam com alguma diversificação de formato. "Essa tendência se consolida, à medida que o varejo procura entender melhor o consumidor para retê-lo, principalmente depois da crise", diz Reynaldo Saad, sócio da Deloitte responsável por indústria, varejo e bens de consumo.

 

Lojas de material para construção, reforma e decoração vêm se destacando no mercado global, diz o estudo. Drogarias e farmácias, no entanto, estão entre os formatos que perdem fôlego para competir frente ao aumento da oferta de produtos farmacêuticos em supermercados, hipermercados e varejistas de produtos de massa. No Brasil, essa prática é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que procura restringir inclusive a facilidade de acesso a medicamentos sem prescrição nas farmácias.

 

As vendas on-line significaram 6,6% da receita de 100 grandes varejistas globais que trabalham com esse canal, diz a pesquisa. Nesse sentido, o Brasil em nada fica devendo ao principais competidores do mundo, diz Saad. "Em 2009, cerca de 8% das vendas do varejo brasileiro vieram da internet", afirma o consultor.

 

Três brasileiras estão entre os 250 maiores do varejo global: Grupo Pão de Açúcar (92ª posição), Casas Bahia (131º lugar) e Lojas Americanas (200ª). No on-line, apenas o Pão de Açúcar aparece entre os 100 maiores. Como não inclui 2009, o ranking não considera dois grandes movimentos recentes do Pão de Açúcar: a compra do Ponto Frio em junho e a fusão com a Casas Bahia em dezembro. Esta última operação, porém, ainda está sendo revista pelos sócios.
 

Veículo: Valor Econômico


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