Emprego na indústria cresce 2,11%

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O setor que mais contratou foi o de produtos alimentícios, com a criação de 14.205 vagas. Derivados do petróleo e biocombustíveis ganhou 2.811 postos de trabalho.Estudo da  Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), divulgada ontem, mostra que, entre abril de 2009 e abril de 2010, houve crescimento de 2,11% no número de funcionários contratados, com 47 mil vagas preenchidas. Sem ajuste sazonal, o índice fica positivo em 1,27%, com a criação de 28,5 mil postos de trabalho.

 

Em abril, no entanto, o nível de emprego na indústria paulista registrou queda de 0,56% em relação a março, a primeira variação negativa desde agosto de 2009. Segundo a pesquisa, o resultado pode ter sido influenciado por um recuo no ritmo de contratações nas colheitas de cana-de-açúcar.

 

O diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, informou que o emprego na indústria paulista de transformação deve seguir uma trajetória crescente nos próximos meses, apesar da queda de contratação nos setores de açúcar e álcool. Nos últimos 12 meses, a produção de derivados do petróleo e de biocombustíveis apresentou variação negativa de 4,8%.

 

Francini disse que a redução já era esperada. "O segmento sofreu diversos reajustes por causa da crise financeira. Além disso, a mecanização das colheitas paulistas está reduzindo o número de postos de trabalho nas plantações de cana", explicou. Mesmo assim, o setor criou 2.811 empregos no mês de abril.

 

No acumulado de 2010, o estudo revela a contratação de 107,5 mil pessoas em 22 segmentos da indústria, com variação positiva de 4,96% ante igual período do ano anterior. "Do total analisado, 19 segmentos contrataram, dois continuaram estáveis e apenas um demitiu, o que nos leva a uma expectativa muito boa para os próximos meses. Foi o melhor desempenho para o período desde 2006, com 86% de variação positiva, número alto em relação aos outros anos da série", diz Francini.

 

O setor que mais contratou no período foi o de produtos alimentícios, com a criação de 14.205 postos de trabalho, seguido por produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (2.811) e veículos automotores (2.056). Os únicos setores em baixa foram as indústrias de minerais não-metálicos (-152 empregos) e produtos farmacêuticos (-9).

 

O crescimento mais significativo vem do interior do estado. Jaú, impulsionada por  produtos alimentícios e de celulose e papel, teve um índice de emprego 8,91% superior em abril ante o mês anterior, seguida por Sertãozinho (8,18%), com importantes indústrias de produtos derivados do petróleo e Santa Bárbara D'Oeste (2,4%), influenciada pela confecção de artigos de vestuário e acessórios de moda.

 

Já o comportamento negativo de municípios como Matão (-0,99%), São Carlos (-0,73%) e Jundiaí (-0,41%) é explicado pelo mau desempenho das indústrias de máquinas e equipamentos, minerais não metálicos e produtos químicos. "A análise comprova que os setores de ponta, e aqueles que estão espalhados nos demais, como borracha e plástico, garantiram o aumento das contratações", finaliza Francini.

 

Veículo: Diário do Comércio - SP


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