Copa 2010 muda a rotina das empresas

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Comportamento: Para que funcionários assistam aos jogos, companhias criam políticas e programas de integração.


 
Faltando menos de trinta dias para o início da Copa do Mundo, o clima de ansiedade e de festa já começa a tomar conta do país - mesmo que o técnico Dunga prefira levar Grafite para a África do Sul e deixar Neymar em casa.

 

Assim, as áreas de RH das empresas têm trabalho extra nas próximas semanas: montar políticas de atividades e dispensas para os funcionários durante a competição. A participação da seleção brasileira no certame começa no dia 15 de junho e as partidas serão realizadas às 11h ou 15h30, quase sempre em dias úteis.

 

Com 3,8 mil funcionários e faturamento de R$ 220 milhões, a Dalkia -subsidiária da francesa Veolia Environnement e Electricité de France (EDF)- criou um manual de boas práticas para a Copa. O material traz recomendações para os colaboradores aproveitarem o evento sem perda de produtividade e inclui regras de comportamento durante e após as partidas.

 

"Vamos comprar televisores de 32 ou 42 polegadas. Haverá expediente nos dias dos jogos da seleção, mas não será um dia normal", explica o diretor Fernando Brancaccio. A empresa também liberou a formação de "bolões". Na sede da empresa, em São Paulo, um aparelho de TV será o prêmio para o ganhador. A disputa promete ser concorrida: entre os funcionários da Dalkia, há cinco franceses, um português e um argentino.

 

Na Canon, que tem 350 colaboradores no país, serão três telões em diferentes pontos da empresa. De acordo com Sandra Bergamo, supervisora de RH da fornecedora de tecnologias de imagem e impressão, o expediente também será alterado e não haverá desconto das horas não trabalhadas. "O funcionário pode assistir os jogos onde quiser, desde que retorne na hora estipulada."

 

Na Diveo, do setor de data centers e com 360 funcionários, a estratégia também foi definida. "Nos jogos das 11h, os colaboradores serão dispensados às 10h30 e devem retornar às 13h30", informa a gerente de RH Cláudia Nicoli. A camisa do Brasil, porém, poderá ser usada apenas na hora do jogo.

 

Na Siemens Enterprise, que tem mais de mil funcionários no Brasil, a área de RH realizou uma pesquisa com 30 empresas. A intenção foi descobrir o que a maioria havia decidido. "As companhias vão oferecer telões nas partidas das 11h, e darão passe livre antes das transmissões da tarde", revela Malena Martelli, diretora de RH para a América Latina.

 

Para aproveitar o clima da Copa, Malena também desenha uma campanha interna para estimular o "teamworking". A ideia é que cada área eleja o melhor "treinador" e "atacante" em setores como vendas e marketing. "Os vencedores ganharão prêmios alusivos ao futebol, como camisas e bolas oficiais." Com um quadro que inclui funcionários alemães, a livre torcida também é incentivada e a empresa vai distribuir apitos no ambiente de trabalho.
 


Veículo: Valor Econômico


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