Os investimentos em maquinário da indústria têxtil e de confecção brasileira vão crescer mais de 35% neste ano, mesmo com a crise externa. Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), Aguinaldo Diniz Filho. Os recursos devem atingir aproximadamente US$ 970 milhões, impulsionados pelas importações de máquinas incentivadas pelo dólar desvalorizado. Em Santa Catarina, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), devem ser aplicados R$ 113,36 milhões.
"Mesmo com os problemas financeiros no exterior, o crescimento da demanda interna impedirá que as empresas reduzam seu ritmo de investimentos nesse ano", disse Diniz Filho. De janeiro a agosto, foram gastos US$ 496 milhões na compra de maquinário no exterior, o que representou um aumento de 57,95% em relação ao mesmo período do ano passado. O dirigente destaca que as importações ocorrem pela falta de máquinas similares no mercado interno.
A maior parte dos recursos para as aquisições dos novos equipamentos vem de desembolsos do BNDES. Nos oito primeiros meses do ano, a liberação de recursos do banco para a indústria têxtil atingiram R$ 636,7 milhões, enquanto que às fábricas de confecções, vestuário e acessórios os empréstimos totalizaram R$ 286,8 milhões.
O dirigente ressaltou que os investimentos nas compras de máquinas têxteis no exterior, que cresceram 142% nos últimos cinco anos, estão possibilitando ao setor ampliar a concorrência das empresas brasileiras.
Veículo: A Notícia - SC