Pesquisa de sondagem conjuntural do comércio varejista de Manaus elaborada pelo IFPEAM aponta que o faturamento bruto do comércio varejista de Manaus apresentou variação positiva de 4,08% no mês de março
Pesquisa de sondagem conjuntural do comércio varejista de Manaus elaborada pelo IFPEAM (Instituto Fecomercio de Pesquisas Empresariais do Amazonas) aponta que o faturamento bruto do comércio varejista de Manaus apresentou variação positiva de 4,08% no mês de março. Os dados também indicam o crescimento no número de vendas e no faturamento dos lojistas.
O nível de estoque também apresentou variação positiva de 7,55% em comparação com o mês de fevereiro, segundo os estudos. Ainda durante o mês de março, os pagamentos a vista representaram 57,4% das vendas do mês de março.
De acordo com o assessor econômico da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado do Amazonas), José Fernando Pereira da Silva, os números inspiram otimismo porque a atividade econômica amazonense atingiu um maior dinamismo. Outro fator importante para os resultados positivos é a sazonalidade que impulsiona o comércio em diferentes períodos.
A expectativa, por exemplo, é que os números de crescimento do comércio possam chegar a 6% até o fim do semestre, por conta da temporada do Dia dos Namorados, que também deve manter as vendas aquecidas por conta das habituais campanhas promocionais e das facilidades de pagamento oferecidas aos consumidores. Após o Dia dos Namorados, a data que impulsiona as vendas é o Dia dos Pais.
Na avaliação de Silva, a atividade comercial amazonense já pode ser considerada equivalente ao mês de setembro de 2008, período que antecedeu a crise econômica mundial. “De um modo geral, a economia local está voltando a sua normalidade, principalmente por conta do setor terciário, com o comércio e os demais serviços”, comentou.
Para o especialista, as vendas também estão registrando reflexo positivo porque as empresas estão mais preparadas para atender as necessidades do seu público alvo, com uma grande quantidade de produtos armazenados. “Dessa maneira, é possível repor os produtos conforme a demanda for aumentando”, destacou.
Segmento de materiais de construção puxa empregos para baixo em março
No que diz respeito à geração de empregos, os números não foram tão positivos para o setor. “Houve poucas contratações, mas isso é normal durante o início do ano, já que a geração de empregos é maior para as festas natalinas”, ponderou.
O segmento que apresentou variações negativas foi o de materiais de construção. A retração nas vendas foi de aproximadamente 12%. A gerente comercial da Obras e Serviços Materiais de Construção, Alice Magalhães, disse acreditar que as vendas não estavam tão aquecidas durante o primeiro trimestre por conta da prorrogação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). “Os consumidores foram deixando as compras de materiais de construção mais para a frente, priorizando outras compras e outros pagamentos. Dessa forma, a demanda pelos produtos foi pouca. Entretanto, as vendas devem melhorar com a proximidade do fim do ano, período em que muita gente aproveita para reformar a casa”, enfatizou.
Ainda de acordo com Alice, a expectativa é que as vendas desse ano possam ser até 20% superiores em comparação ao ano passado. “As condições de pagamento estão mais favoráveis para todas as classes, facilitando o acesso dos produtos por todos os públicos. Não é só mais a classe A que constrói ou reforma”, ressaltou.
A pesquisa do IFPEAM também apontou que o comércio automotivo também teve destaque nas vendas, registrando crescimento de 15,64%.
Veículo: Jornal do Commercio - AM