Em 2009, foram vendidas 522 mil toneladas de resina PET (Poli Tereftalato de Etileno) em 2009, o que representa um crescimento de 7,4%, frente às 485 mil toneladas de 2008. A variação mostra que a crise internacional não afetou a performance do produto e que sua participação no mercado é consistente, principalmente no segmento de garrafas, que representa, historicamente, cerca de 90% do total de consumo de PET no país. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet).
Para o presidente da Abipet, Auri Marçon, alguns fatores contribuíram para o desempenho do PET ter se mantido em patamares compatíveis com os dos anos anteriores, uma vez que a variação média dos últimos cinco anos é de 7,81% e, nos últimos 10 anos, de 8,34%. O clima colaborou bastante, já que o consumo de produtos como refrigerantes, água e sucos estão intrinsecamente ligados às temperaturas quentes, e o ano não apresentou um inverno rigoroso ou longo.
O principal motivo, no entanto, foi o crescimento do poder aquisitivo nas classes C e D, que no momento central da crise evitaram gastos com bens duráveis, que foram direcionados para bens de consumo. Em sua história, o produto é um dos responsáveis pela democratização do refrigerante no país. Na década de 90, por exemplo, havia cerca de 150 marcas de refrigerantes, e hoje já chegam a aproximadamente mil marcas.
Aplicação - Com relação aos principais segmentos usuários da embalagem, o refrigerante lidera o ranking, com 61% de participação, seguido pela água, com 14%, e o óleo, com 13%. Este último, que aderiu mais recentemente às embalagens de PET, apresenta um crescimento acentuado - em 2005 tinha 7% de participação.
As razões para o crescimento do uso do PET no segmento do óleo comestível podem ser explicadas pelas características de transparência e brilho. "Preocupado com a qualidade, o consumidor gosta de ver a pureza do produto que está consumindo. Este é um caso em que houve uma mudança de percepção do produto por meio da embalagem", explicou Marçon.
Nesse aspecto, Marçon destaca que hoje há uma corrida sustentável para desenvolver uma embalagem economicamente viável, ambientalmente correta e que proteja o produto que vai abrigar.
O PET atende com perfeição algumas tendências do mercado, como a do consumidor querer ver o produto em seu interior, assim como as exigências técnicas que podem ser resumidas em resistência, leveza, proteção ao produto e economicamente viável.
"Trata-se da melhor forma de entregar, por exemplo, 2 litros de uma bebida, pois ele representa apenas 2% do carregamento de um caminhão, enquanto algumas embalagens retornáveis podem chegar a 48%", revelou.
Veículo: Diário do Comércio - MG