Valor do grão subiu 20,19%, puxado pela elevação de 34,85% no Sudeste.
Os preços do quilo do feijão e do litro do leite longa vida e mantiveram em abril a tendência de alta registrada em março. Os dados são de um levantamento feito pela GfK, quarta maior empresa de pesquisa de mercado no país e no mundo, e mostram aumento de 20,19% no valor do feijão e de 7,37% no do leite longa vida.
No mês passado em relação a março, a alta no preço do feijão foi de 22,79%. Já o acumulado dos últimos 12 meses aponta crescimento de 7,1%. A região Sudeste foi a responsável pelo maior aumento, de 34,85%, seguida do Sul do país, de 10,50%. Na Grande São Paulo, o crescimento foi de 68,05%, e o produto teve aumento expressivo também em João Pessoa, de 63,40%. No entanto, em Cuiabá houve queda de 1,04%.
De acordo com o gerente de Serviços ao Cliente da GfK, Marcio Nardi, os fatores que mais contribuíram para o aumento do preço do feijão foram a redução dos investimentos dos produtores devido aos menores preços em 2009, à diminuição da área de plantio, ocasionada pela crise econômica do ano passado, e ao excesso de chuva na maior região produtora no país, o Estado do Paraná. "A tendência é que o preço não sofra redução até o mês de julho, quando inicia a safra de inverno", avaliou.
Ranking - Já o preço do litro do leite longa vida está mais caro no Nordeste do país, onde subiu 17,05%. A cidade de Salvador registrou a maior alta, de 28,03%, seguida de Maceió, 21,19%, e de Goiânia, 17,16%. Na Grande Vitória e em Cuiabá, entretanto, não houve aumento no valor.
Em relação a março, o produto apresentou crescimento de 8,96%, e no acumulado dos últimos 12 meses, de 18,6%. Nardi explicou que o aumento de preço do leite longa vida se deve a uma nova alta no preço pago aos produtores (referente à produção de março), seguida da redução de oferta do produto.
"Desde março, ocorre um período sazonal na produção. Nesta época do ano observa-se queda na produção leiteira, devido à menor produção de pastagens. As recentes valorizações do leite poderão incentivar os produtores a investir em alimentação, o que poderia contribuir na recuperação da produção. A perspectiva para os próximos meses é de alta no preço do leite, tendendo para uma estabilidade ao longo do terceiro trimestre de 2010", explicou.
Veículo: Diário do Comércio - MG