Consumo de cosméticos no país poderá ultrapassar o japonês ainda este ano
Com crescimento anual de dois dígitos hámais de uma década, o mercado brasileiro de higiene e beleza deverá atingir a vice-liderança no ranking mundial de consumo este ano, para ficar atrás apenas dos Estados Unidos e ultrapassar o Japão. “Se isso não acontecer ainda este ano, certamente em 2011 estaremos lá”, prevê Lígia Amorim, diretora geral da NürnbergMesse Brasil, uma das principais organizadoras de feiras de negócios no mundo — entre elas a FCE Pharma e a FCE Cosmetique, que começaram ontem em São Paulo e serão o palco do lançamento do Rhodapex NAT e de vários outros novos ingredientes e produtos acabados.
Assim, se essa expectativa de crescimento não for suficiente para sustentar a confiança da Rhodia neste mercado, há ainda o reforço de que os produtos para cabelo vêm em primeiro lugar entre os mais vendidos.A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) estima que o setor cresça aproximadamente 12% e que os investimentos se mantenham em US$ 100 milhões ao ano em 2010.
“Acreditamos que é possível uma manutenção deste crescimento na casa dos dois dígitos para os próximos cinco anos”, diz João Carlos Basilio da Silva, presidente da Abihpec. Com alta de quase 15% em relação a 2008 e receita de R$ 25 bilhões, a indústria de higiene e beleza fechou 2009 imune à crise.
“As crises ajudam nosso setor a crescer porque as pessoas podem postergar a compra de um apartamento ou de um carro, por exemplo, mas quase nunca de um cosmético. Além disso, nesses períodos há um incentivo ao cuidado coma autoestima e as vendas porta-aporta crescem porque as mulheres vão à rua para ajudar na composição da renda das famílias”, completa Lígia Amorim.
Nos últimos 14 anos, o setor já vinha registrando crescimento real na casa de 10% ao ano. O resultado excepcional de 2009 deve-se, sobretudo, à alta nas vendas do segmento de higiene pessoal, cujo faturamento foi de R$ 14,5 bilhões e o crescimento em valor de 14,4%. Os cosméticos responderam por 27% das vendas no ano passado.
Veículo: Brasil Econômico