O preço médio bruto do leite pago ao produtor subiu 5,05% em maio na comparação com abril, passando de R$ 0,7604 o litro para R$ 0,7984 o litro. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta foi de 20,5% em termos nominais sobre um valor de R$ 0,6625 o litro, e 33,75% maior que em janeiro de 2010, quando o preço era de R$ 0,5969 o litro. A pesquisa é realizada mensalmente pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq) e considera as regiões de Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia.
O aumento do preço do leite pago ao produtor ocorreu por causa do período da entressafra, quando o clima mais seco e temperaturas mais baixas, prejudicam as condições das pastagens, havendo menor oferta do produto.
Já o Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP/Cepea) recuou 1,97% de março para abril, mas o resultado é 4,4% superior ao do mesmo mês do ano passado. O Cepea apurou que a captação de leite recuou em quase todos os Estados analisados. Apenas em Minas Gerais, o volume se manteve praticamente estável No acumulado de 2010, o volume de leite captado nos estados pesquisados aumentou 3,7% em relação ao mesmo período de 2009.
O Cepea avalia que, a partir de junho, as cotações ao produtor podem perder força por causa da queda de mais de 10 centavos por litro de leite no mercado spot (comercialização de leite cru entre empresas), de abril para maio. Este mercado representa um parâmetro para as futuras negociações entre produtores e a indústria. A desaceleração das altas no leite longa vida no atacado entre o fim do mês de abril e o início de maio, provocou o recuo dos preços no mercado spot.
No atacado, o leite UHT subiu 1,8% de março para abril no atacado do Estado de São Paulo. O preço médio do produto foi de R$ 1,74 o litro. O valor médio dos queijos ficou praticamente estável em abril: alta de 0,7% para o mussarela, a R$ 9,76 o quilo. O queijo prato subiu 0,5%, com a média a R$ 11,49 o quilo. O leite pasteurizado foi cotado a R$ 1,33 o litro em média - um aumento de 4,4%.
No início deste mês, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou que o déficit na balança de lácteos brasileira aumentou 420% em abril na comparação com os números de março, atingindo resultado negativo de US$ 19,05 milhões. O valor é resultado de US$ 13,4 milhões em exportações e US$ 32,5 milhões em importações.
Veículo: DCI