Ao passo que cresce o número de pessoas e bebês contaminados, aumenta também o número de grandes empresas que tomam medidas preventivas contra o leite chinês contaminado por melamina. O escândalo já atinge multinacionais com Cadbury, Heinz, Mars, Kraft e Pizza Hut.
Ontem, a britânica Cadbury iniciou um recall para tirar do mercado chocolates que foram fabricados na China. O produto, que está sendo recolhido preventivamente, foi distribuído somente no Oriente (Taiwan, Hong Kong e Austrália). A Cadbury Adams, no Brasil, informou que não importa nenhum item ou matéria prima da China.
Em Hong Kong, oficiais responsáveis pela vigilância sanitária local anunciaram ter encontrado traços de melamina em cereais para bebês produzidos pela americana Heinz. Em resposta, a Heinz iniciou localmente um recall dos produtos sob suspeita. "Nenhum outro produto da Heinz foi afetado e faremos todo esforço possível para garantir a segurança e saúde do consumidor", disse a empresa em um comunicado oficial.
Em Taiwan, a rede de pizzarias Pizza Hut jogou fora e trocou todo seu estoque de queijo assim que o escândalo ganhou proporções internacionais. Na Indonésia, o o governo decretou que 28 produtos fossem retirados das prateleiras do supermercados devido à suspeita de conterem o leite chinês. Na lista estão os biscoitos Oreo, da da Kraft Foods, e os confeitos de chocolate M&M, da Mars. A unidade da multinacional no país confirmou que os doces são fabricados na China, mas refutou a possibilidade de que estejam contaminados. A Kraft também reagiu à decisão do governo local dizendo que nenhum dos seus produtos, sejam eles fabricados na China ou não, não levam o leite chinês com melamina como ingrediente.
A melamina é um produto químico relativamente barato que, se adicionado ao leite, pode fraudar teste de qualidade do produto, fazendo-o aparentar ter mais proteína. Até a semana passada, o ministério da saúde chinês havia registrado que 104 pessoas haviam sido seriamente infectadas pelo produto, sendo que outras 40 mil também apresentaram sintomas, no entanto, mais leves. (L.C. com agências internacionais)
Veículo: Valor Econômico