A Dudalina muda de hábito e investe no varejo

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Maior fabricante de camisas masculinas do Brasil, o grupo catarinense Dudalina decidiu entrar para valer no mercado de franquias. A decisão veio após a boa receptividade dos consumidores às seis lojas (cinco franqueadas e uma própria) abertas pela empresa de Blumenau em caráter experimental. Atualmente, suas três marcas, Dudalina (social), Individual (casual) e Base (esportiva) são vendidas em lojas de multimarcas de todo o País. Para formatar o novo nicho de mercado, a empresa contratou uma consultoria especializada, a Franchise Store, de São Paulo. A expectativa é chegar ao final do ano com 12 unidades. São focos da empresa os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e o Distrito Federal. "Estamos num processo de transformação, migrando da indústria para o varejo", diz Sônia Hess de Souza, presidente da Dudalina.

 

Desde que assumiu o comando da Dudalina, em 2003, Sônia vem moldando uma nova face para a empresa. Além da criação da rede de franquias, resolveu inovar no mix de produtos. Agora, além das camisas, conta com calças e malhas e, em breve, deve estrear no vestuário feminino, com camisas voltadas para executivas. Sônia é um dos 16 filhos da empresária Adelina Hess de Souza, fundadora da Dudalina, de quem herdou a vocação para o comando. Há 53 anos, dona Adelina, como era mais conhecida, começou a vender camisas que ela própria confeccionava e vendia nos arredores de Luiz Alves, município próximo a Blumenau, berço da empresa. Com o sucesso do negócio, a venda de secos e molhados, que dava o sustento à numerosa família, foi deixada de lado para dar lugar à primeira fábrica da Dudalina, cujo nome é resultado da junção do apelido do pai de Sônia com o nome da mãe. Até morrer e ser sucedida pela filha, dona Adelina era quem dava a última palavra na empresa.

 

Atualmente, a Dudalina possui quatro fábricas - além da de Luiz Alves, mantém unidades em Presidente Getúlio e Blumenau, em Santa Catarina, e em Terra Boa, no Paraná. Segundo Sônia, graças ao bom momento da economia, as vendas da Dudalina cresceram 25% nos primeiros cinco meses do ano, o que a levou a investir na ampliação das fábricas e na aquisição de quatro teares para a planta de Luis Alves, de onde sairá a produção de malhas. "Quero dominar a cadeia da fabricação de malhas, da produção ao varejo", diz Sônia. Com o aumento da demanda, a expectativa é encerrar o ano com uma receita de R$ 175 milhões.

 

Além da liderança no mercado doméstico, a Dudalina também é a maior exportadora de camisas masculinas do País. Cerca de 5% da produção mensal de 200 mil camisas seguem para o exterior, especialmente para o mercado latino-americano. "Essa participação chegou a ser de 15% das vendas, mas caiu em função da desvalorização do dólar", afirma Sônia. Outra fonte de receita da Dudalina são as camisas customizadas. A empresa é fornecedora de grifes como Brooksfield, Via Veneto, Daslu e Zara, entre outras, que respondem por 20% de sua produção.


 
Veículo: O Estado de S.Paulo


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