Queda no preço mínimo do trigo desagrada a produtor

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O governo anunciou ontem uma redução de 10% nos preços mínimos do trigo.

 


A partir do início de julho, o trigo brando tipo 3 terá como base definida pelo governo R$ 19,20 por saca na safra 2010/11.

 

Já o produto de melhor qualidade, o trigo melhorador tipo 1, passa a valer R$ 29,97 por saca. Os preços são válidos para a região Sul.
"Foi um desastre para o Paraná", diz João Paulo Koslovski, presidente da Ocepar, entidade que congrega as cooperativas do Estado.

 

Tradicionalmente, o governo anuncia os preços mínimos em março e em abril, início de plantio no Estado.
"Neste ano, o anúncio só veio agora, quando os produtores paranaenses já semearam 83% do trigo", diz ele.

 

Em vez de incentivar o plantio, o governo está desestimulando o produtor para as próximas safras, afirma Koslovski.
A medida do governo vai contra a busca de uma política de renda, que seria reforçada, inclusive, com a formação de estoques de 2 milhões a 3 milhões de toneladas, diz o presidente da Ocepar.

 

Koslovski destaca, ainda, que a situação de preços de mercado deste ano não favorece o produtor.
Além disso, parte dos agricultores ainda não recebeu o AGF (Aquisição do Governo Federal) feita no Estado.

 

Para José Pitoli, analista de mercado, o governo não deveria "mudar as regras no meio do jogo". Apesar do momento difícil na comercialização do trigo, muitos produtores optaram pelo cereal acreditando na continuidade dos preços mínimos, diz ele.

 

Recomposição de estoques mundiais e elevação de produção nos principais países produtores provocaram uma queda nos preços internacionais do trigo nos últimos meses.

 

Essa queda refletiu nos preços internos, que foram afetados ainda pela perda de qualidade do trigo, devido às chuvas no período da safra.
Na avaliação do ministro da Agricultura, Wagner Rossi, a mudança ocorreu porque o preço mínimo anterior estava acima do praticado pelo mercado.

 

Mesmo com a atual redução, o valor do preço mínimo do trigo ainda é superior aos praticados pelo mercado, segundo o ministro.
O Paraná, principal produtor nacional do cereal, deverá semear entre 1,1 milhão e 1,2 milhão de hectares de trigo neste ano.

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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