O mercado editorial brasileiro encerrou o ano de 2007 com faturamento R$ 2,2 bilhões, o que representa um crescimento real de 2,2% em relação a 2006. Consideradas as compras de livros didáticos do governo, as vendas aumentam para R$ 3,013 bilhões, um acréscimo real de 0,44%. Os dados foram divulgados ontem pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel).
O desempenho do mercado privado foi superior ao das compras do governo, que registraram queda de 0,67%. Ainda assim, o governo continua sendo o principal cliente das editoras, representando 24% da receita do setor. "Ficamos felizes com o resultado e também porque houve crescimento entre 12% e 15% nos títulos infantis e juvenis", disse Rosely Boschini, presidente da CBL.
Outro dado apurado pela pesquisa, realizada pela Fipe/USP, foi a redução no preço médio dos livros, que em 2006 era de R$ 11,61 e no ano passado caiu para R$ 11,41. "Levando-se em consideração a inflação do período, houve uma queda real nos preços de 4%", afirmou Sonia Jardim, presidente do Snel.
No total, foram vendidos no ano passado 329 milhões de exemplares, variação positiva de 6% em relação a 2006. Desse volume, 200 milhões de livros destinaram-se ao mercado privado.
A pesquisa da CBL e Snel confirma que as livrarias estão perdendo participação de mercado. Em 2006 esse canal de venda respondia por 49% e em 2007 caiu para 47%. Os destaques foram os supermercados, internet e porta a porta, cujas vendas cresceram 98%, 285% e 91%, respectivamente.
Veículo: Valor Econômico