Para fortalecer a sua presença no mercado nacional, a indústria farmacêutica Cellofarm, subsidiária da Aspen, principal fabricante de medicamentos do continente africano, pretende adquirir marcas de medicamentos no mercado nacional. Diferentemente da concorrência, que compra laboratórios farmacêuticos ou faz lançamentos de genéricos de patente vencida, a Cellofam deve adquirir, até o final deste ano, cinco marcas de remédios do segmento de oncologia. Segundo a empresa, três negociações já estão em fase final.
"Nosso foco no Brasil é fazer aquisições de produtos nacionais", afirmou o diretor comercial e de Marketing da Cellofarm, Alexandre França. "Neste ano, a empresa comprou dez marcas em diferentes segmentos e laboratórios, como Merck Sharp-Dohme, Hebron e Glaxo Smith Kline", disse o executivo.
A companhia africana, que está no Brasil desde 2009, está otimista com o fortalecimento do setor. "Somos líderes no Hemisfério Sul e certamente iremos repetir este resultado na América Latina, em diferentes segmentos do mercado", assegurou o porta-voz. Atualmente a Aspen atua nos segmentos de medicamentos hospitalares, genéricos, fitoterápicos, similares e OTC (aqueles que dispensam prescrição médica).
O faturamento da Cellofarm no ano passado foi de R$ 70 milhões. "Devemos crescer 100% até o meio do ano que vem. A fórmula passa pela compra de marcas de medicamentos e pela expansão de linhas de produção", enfatizou França.
O grupo prevê investir no Brasil US$ 5 milhões para ampliar a única unidade fabril da companhia no País, localizada no Espírito Santo. Segundo o porta-voz, este investimento deve atender a demanda da empresa nos próximos cinco anos.
No mundo, a Aspen almeja crescer 25%. No ano passado esta indústria africana que fornece medicamentos a mais de 100 países teve um faturamento de US$ 1,1 bilhão.
Dentro da estratégia da empresa de adquirir marcas de medicamentos, a Cellofarm passou a integrar em seu portfólio o Aldomet, entre outros.
Veículo: DCI