Uma das empresas de brinquedos mais tradicionais do Brasil aposta em reedições e inovação para enfrentar chineses
Os chineses respondem por cerca de 80%da produção no mercado mundial de brinquedos, diz Carlos Tilkian, presidente da Brinquedos Estrela. A seguir, ele fala sobre como a empresa tenta driblar a pesada concorrência.
Como fazer frente à concorrência chinesa?
A indústria de brinquedos brasileira tem perdido competitividade na produção para exportação nos últimos anos por conta do câmbio. Anos atrás, a exportação respondia por 15% do faturamento da Estrela. Há dois anos ela não chega a 2%. Também perdemos competitividade de custos por conta da política tributária, da taxa de juros e da inflexibilidade das leis trabalhistas. Mas isso são questões da política econômica do país, que foge ao nosso alcance. Apostamos na inovação, como o Banco Imobiliário com cartão e em brinquedos com plástico verde, que vamos intensificar a partir do ano que vem, já que a fábrica da Braskem que produz esse plástico fica pronta no final deste ano. Para exportação, procuramos desenvolver produtos em que o preço não seja o fator de decisão de compra.
Quais são as expectativas de 2010?
Este ano esperamos ampliar em 15% o faturamento, que no ano passado foi de R$ 118 milhões. Vamos lançar 280 produtos este ano, dos quais 10 são relançamentos, como as bonecas Chuquinha, e o Ferrorama, que voltará por causa do pedido de uma comunidade no Orkut. A linha de jogos é importante, pois representa 25% do nosso faturamento. As novas versões do Banco Imobiliário devem deve puxar as vendas, pela novidadee pelo diferencial.
Veículo: Brasil Econômico