A Têxtil Canatiba aposta em novas tecnologias e em maquinário para se manter entre as líderes do setor no País. Segundo a gerente de Marketing da empresa, Marli Vernille Guth, a produção é de 8 milhões de metros de tecido por mês, que permitem à companhia contar com cerca de 300 linhas de produto.
Para atender o mercado, a Canatiba aposta também em desenvolvimento de novos produtos. "'Nós estamos entre as três maiores empresas do setor no País, não só em produção, mas em inovação", afirma Marli Guth. Ela explica que a empresa usa fio fino e denso, o que gera custo e demanda tempo de produção. "Se o nosso foco fosse o básico, a produção seria muito maior", garante.
A prioridade das três unidades produtivas da Canatiba, no interior paulista, é abastecer o mercado interno. Mas Guth diz que as exportações, que correspondem em média a 20% da produção, poderiam ser maiores se não fossem a oscilação do dólar e os custos tributários existentes no Brasil, que sobrecarregam o produto local.
"Nossa exportação oscila demais em função do dólar. Não exportamos mais por conta das taxas cambiais, já que elas travam as vendas externas", assegura. As exportações da Canatiba têm como destino a América Latina e Central e a Europa.
Parte dos insumos para a produção dos tecidos vem de fora. Um dos produtos importados é o algodão, que corresponde a 98% das compras da empresa. "Quando se trabalha com commodity é um pouco complicado. Temos de nos antecipar à aquisição desse insumo, pois produzimos 8 milhões de metros e não podemos ficar sujeitos às oscilações do mercado", explica a executiva.
A balança comercial do setor têxtil e de confecções encerrou o primeiro semestre deste ano com um déficit de US$ 1,578 bilhão, apontam dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, compilados pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). O rombo no saldo comercial é 62,4% maior que o registrado em igual período de 2009, quando o déficit atingiu US$ 971,6 milhões.
Veículo: DCI