Burger King pode ir para sócios da AB InBev

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A rede americana de lanchonetes Burger King está em negociações avançadas para vender suas operações para a companhia de investimentos 3G Capital, que tem os empresários brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira entre seus principais sócios. O trio tem participação na Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo.

 

Segundo reportagens dos jornais "The New York Times" e "The Wall Street Journal" publicadas ontem, as negociações com o Burger King estão sendo costuradas pelo brasileiro Alexandre Behring que, antes de se juntar à 3G Capital, atuou na GP Investimentos e na América Latina Logística.

 

O site do WSJ chegou a publicar que o private equity britânico 3i Group também teria interesse na operação, informação que foi contestada pela porta-voz do fundo, Katherine van der Kroft.

 

Por causa dessas informações, a ação da companhia teve a maior alta em mais de quatro anos: chegou a ser cotada a US$ 19,19 na Bolsa de Nova York. Na terça-feira, o valor de mercado do Burger King era de mais de US$ 2,2 bilhões. Antes de abrir o capital, em 2006, o Burger King era controlado por um consórcio formado por TPG, Bain Capital e Goldman Sachs. O grupo adquiriu a rede de lanchonetes da Diageo em 2002, por aproximadamente US$ 1,5 bilhão.

 

No exercício encerrado em junho, as vendas totais caíram 1,4% para US$ 2,5 bilhões. A rede consegue cerca de dois terços de sua receita nos EUA e Canadá.

 

Procurados pelo Valor, representantes do Burger King em Miami, sede da empresa, não retornaram a ligação até o fechamento desta edição. No Brasil, a rede tem dez franqueados que operam 93 lojas em 15 Estados - uma marca muito distante da dos dois principais concorrentes, Bob's, com 707 pontos, e McDonald's, com 584.

 

No Brasil, Jorge Lemann fez fortuna no emblemático Banco Garantia e, junto com Telles e Sicupira, fundou a GP Investimentos, que se tornou referência no segmento de private equity. O trio foi responsável por negócios de peso no Brasil, como a fusão das cervejarias Antarctica e Brahma, que deu origem à Ambev.

 

A última grande tacada dos três brasileiros - que figuram entre os homens mais ricos do mundo, segundo a revista Forbes - foi a compra da cervejaria americana Anheuser-Busch, por US$ 52 bilhões, às vésperas da crise financeira mundial. O negócio criou a Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo.

 

Por meio do 3G Capital Partners, o trio possui participações na ferrovia americana CSX e na Coca-Cola Enterprises. 
 

 

Veículo: Valor Econômico


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