O brasileiro Marcos Samaha substituirá o cubano Hector Núñez no comando das operações da multinacional de varejo no País
As mudanças no comando do Walmart, que já vinham ocorrendo há algumas semanas, culminaram ontem com a substituição do cubano Hector Núñez pelo brasileiro Marcos Samaha na presidência da subsidiária brasileira. Em agosto, dois vice-presidentes da rede varejista deixaram seus cargos na empresa. Naquela ocasião, fontes do mercado afirmaram que as mudanças foram motivadas por resultados abaixo do esperado.
Com 12 anos de Walmart, Samaha estava, atualmente, no comando das operações da rede na América Central - à frente das unidades de El Salvador, Guatemala, Costa Rica, Honduras e Nicarágua. Ele ingressou na empresa como diretor de perecíveis, passou a diretor comercial e chegou à vice-presidência executiva da operação brasileira, antes de assumir o cargo de CEO na América Central.
Ao deixar o Brasil, depois de quase quatro anos no País (três deles na presidência da filial), Nuñez assumirá o comando do Walmart no Sul dos Estados Unidos, que inclui as unidades localizadas na Flórida e em Porto Rico. Em nota, o presidente do Walmart América Latina, Eduardo Solórzano, disse que o executivo cubano teve "papel importante no crescimento da empresa no Brasil, na aceleração do crescimento orgânico" e na integração das empresas adquiridas.
O comunicado também ressalta a atuação de Samaha na América Central, com o "redesenho da operação regional" e o emprenho para o crescimento da rede, que deve chegar a 550 unidades até o fim do ano.
No Brasil, onde tem 450 unidades, o Walmart é a terceira maior rede supermercadista, atrás de Carrefour e Pão de Açúcar. A empresa opera com hipermercados (Walmart, BIG e Hiper Bompreço), supermercados (Nacional, Mercadorama e Bompreço), lojas de vizinhança Todo Dia, atacado Maxxi e o clube de compras Sam"s Club.
No ano passado, a filial brasileira faturou R$ 19,7 bilhões e, em 2008, R$ 17 bilhões. A operação global da rede americana girou em torno de US$ 408 bilhões, com lucro de aproximadamente US$ 17 bilhões.
Veículo: O Estado de S.Paulo