Agro Bonfim investe R$ 1 mi no processamento de alimentos

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Para crescer no setor, a produtora e distribuidora de hortifruti Agro Bonfim deve investir na construção de uma indústria processadora de alimentos. Para isso, de acordo com Marcelo Sampaio, sócio diretor da empresa paulista, serão necessários recursos na ordem de pelo menos R$ 1 milhão. "Já temos um parceiro, e a previsão é de concluir o negócio em um ano", diz Sampaio, sem revelar mais detalhes.

 

Segundo o executivo, a decisão de ampliar a Agro Bonfim se deu em função de uma nova tendência de mercado. As redes de supermercados e os hospitais já buscam alimentos higienizados, embalados e pré-cozidos, prontos para consumo.

 

Além das metas de expansão, segundo Sampaio, a Agro Bonfim está em processo de certificação de gestão de qualidade ISO 9001.

 

A empresa que, desde 1969, armazena e distribui hortifruti no mercado paulista, produz em Ibiúna 50 mil quilos de verdura hidropônica por mês e distribui uma média de 14 mil quilos de hortifruti por dia. Além de São Paulo, a Agro Bonfim comercializa também nos mercados de Manaus e da Bahia.

 

Os produtos mais consumidos em São Paulo, de acordo com levantamento da Agro Bonfim, são laranja, alface e tomate. "Esses alimentos nunca faltam na mesa do consumidor", afirma.

 

De acordo com o sócio diretor, a empresa capta alimentos de mais de 100 produtores rurais - a maioria da agricultura familiar e cooperativas na região de São Paulo. "Normalmente buscamos tomates da região de Minas Gerais e manga na Bahia", acrescenta.

 

Ao todo, a Agro Bonfim distribui três mil tipos de produtos de hortifruti, inclusive novidades que nem sempre emplacam no comércio, como o tomate amarelo e a couve-flor roxa. Ambos não tiveram aceitação. "Por outro lado, a mini-abobrinha vendeu tanto que agora está em falta", diz.

 

O setor, para Sampaio, apesar de promissor é competitivo e geralmente apresenta picos de vendas quando associado a eventos turísticos. "Já estamos nos preparando para atender a demanda da copa de 2014", diz.

 

Segundo Sampaio, a Agro Bonfim surgiu por meio de uma fusão de duas empresas mantidas pelo governo do Estado de São Paulo, o Centro Estadual de Abastecimento (Ceasa) e a Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp).

 

Nos últimos três anos, ainda de acordo com Sampaio, a empresa se especializou no mercado de food service, atendendo restaurantes, hotéis, cozinhas industriais e refeitórios de instituições escolares.

 

A estrutura Agro Bonfim está localizada dentro da Ceagesp, além de possuir também um galpão nas proximidades. "Isso facilita a seleção, classificação, padronização e a armazenagem dos produtos, bem como a logística", explica o executivo.

 

Qualidade

 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou na última semana uma pesquisa para avaliar os limites de resíduos e contaminantes em produtos de origem vegetal. Das 790 amostras coletadas, 734 estavam dentro dos padrões, um índice de 92,9%.

 

O trabalho do Mapa foi realizado durante a temporada 2009/2010, em 17 culturas incluídas no Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/Vegetal).

 

Do total de amostras, mais de 80% estão relacionadas a produtos que serão destinados ao mercado interno, de acordo com o estudo. O resultado indica, ainda, que 92,5% das amostras analisadas quanto aos resíduos de agrotóxicos em abacaxi, alface, banana, batata, limão, maçã, mamão, manga, melão, morango, tomate e uva estavam dentro dos padrões permitidos.

 

Para a safra 2010/2011, o Mapa deve ampliar o monitoramento e coletar mais de 1,5 mil amostras. Serão analisadas 25 culturas entre grãos, frutas, oleaginosas e hortaliças, nas quais os níveis de resíduos de agrotóxicos, salmonela e aflatoxina serão avaliados.

 

Na safra 2010/2011, ainda serão examinados seis novos produtos: alho, soja, laranja, pimentão, feijão e café.

 

As coletas atuais foram feitas nas centrais de abastecimento e nas casas de beneficiamento de frutas, em 19 estados: Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins. No caso da maçã, cuja pesquisa o País faz do produto importado, foram analisados também a fruta originária da Argentina, Chile, França e Itália.

 

Em caso de irregularidade, um processo de investigação é iniciado a partir da fazenda de origem.

 

Uma das maiores produtora e distribuidora de hortifrutigranjeiros do País, a Agro Bonfim, decidiu investir na construção de uma indústria processadora de alimentos para ampliar seu mercado. De acordo com Marcelo Sampaio, sócio diretor da empresa paulista, serão necessários recursos da ordem de R$ 1 milhão. "Já temos um parceiro, e a previsão é de concluir o negócio em um ano", diz Sampaio, sem revelar detalhes.

 

A decisão de ampliar a Agro Bonfim deriva de uma nova tendência de mercado: os supermercados e os hospitais já buscam alimentos higienizados, embalados e pré-cozidos, prontos para consumo. Além das metas de expansão, segundo Sampaio, a Agro Bonfim está em processo que visa à certificação ISO 9001.

 


Veículo: DCI


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