Sucesso não garante expansão das lojas grátis

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Sample Central e Clube da Amostra Grátis batem metas de associados, mas precisam diversificar serviços para crescer

 

Há pouco mais de três meses, a cidade de São Paulo ganhou a primeira loja grátis do país, o Clube Amostra Grátis. Em seguida, foi aberta a Sample Central, subsidiária da rede de franquias australiana de mesmo nome.Emambos os negócios, os clientes são a indústria, que dão seus produtos em troca da opinião dos consumidores sobre eles. E o consumidor gostou da proposta — tanto que a meta anual das duas lojas para clientes cadastrados foi cumprida em um quarto do tempo. Mas há um obstáculo à frente. Sample Central e Clube da Amostra Grátis terão de buscar diferentes públicos e mercados, além de novos serviços, para conseguir crescer.

 

“Nossa meta era chegar a 20 mil cadastrados em12meses. Ultrapassamos esse número com pouco mais de três meses”, diz João Pedro Borges, sócio da Sample Central, que investiu R$ 4 milhões para trazer amarca ao país. A loja chegou a 45 mil cadastrados, ou seja, que pagaram R$ 15 para se filiar e ter direito demarcar data para retirar sua cota mensal de produtos grátis. O problema é que o excesso de demanda lotou a agenda, e só há horário disponível para o fim de outubro.

 

Por conta disso, a empresa está fazendo dois movimentos: estudando novos mercados de consumo para abrir unidades e ampliando sua atuação para a avaliaçãode serviços.“Quando o cliente fizer uma viagem aérea, usar um banco ou fizer compras em uma varejista, poderá dar sua opinião sobre o serviço emnosso site”, diz Borges. Em troca, acumula pontos para trocar por produtos da loja.

 

A Sample Central tem hoje cerca de 50 empresas clientes, que oferecem uma média de 100 tipos de produtos por quinzena. “Cada indústria manda, em média, 400 itens de cada produto”, afirma Borges, ressaltando que 94% dos consumidores respondemaos questionários de avaliação disponíveis no site.

 

Para selecionar melhor esses avaliadores, a loja vai aumentar, a partir de outubro, a taxa de filiação para R$ 25. E templanos de abrir unidades em outras capitais, para oferecer às indústrias uma visão de diferentes mercados. “Estamos conversando com a indústria para identificar quais praças são prioridade”, afirma.

 

Limitações

 

O Clube Amostra Grátis conta hoje com 15 mil cadastrados. E, segundo Luiz Gaeta, sócio da empresa, a demanda da indústria dá conta, por enquanto, de apenas uma loja de cada rede por praça. “Temos cerca de 500 empresas parceiras e uma oferta de 1,2 milhão de itens por ano, capaz de atender até 20mil clientes por loja”, afirma Gaeta. Como a empresa está perto deste número de associados estuda outras opções de expansão, como a oferta de pesquisa em outros mercados ou com outros públicos. No Clube Amostra Grátis, o cliente paga R$ 50 pela filiação, comdireito a retirar até cinco produtos por mês.

 

Gaeta afirma que a taxa de retorno às pesquisas sobre os produtos é de 91%ematé 30 dias. O questionário também fica disponível on-line. Apesar do pouco tempo de operação, o empresário garante que os resultados são mais rápidos do que o de uma pesquisa de opinião convencional. “Não há pressão para resposta do cliente em falar bem ou mal do produto”, diz. “Já recebemos mais de 300 e-mails de pessoas interessadas em adquirir um determinado produto. Em outro caso, identificamos que o cliente pagariamais para adquirir amercadoria, que teve seu preço de lançamento corrigido em 30%.” Sadia, Colgate e Ambev estão entre as indústrias que fecharam acordo coma loja.

 

Veículo: Brasil Econômico


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