Sorvetes Rochinha têm planos de expansão para 2011

Leia em 4min

Empresa investe na construção de uma nova fábrica que triplicará capacidade produtiva de sorvetes. Perspectivas é expandir para grandes capitais brasileiras no próximo ano.

 

A sensação do litoral norte paulista, Sorvetes Rochinha, atinge sua maturidade profissional. Em maio do próximo ano, a empresa inaugura uma nova fábrica que irá triplicar a atual capacidade produtiva, hoje realizada em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, de 70 mil sorvetes diários.

 

A construção da nova planta, em São José dos Campos, começou em março de 2010 em um terreno de 8,5 mil metros quadrados que está sendo trabalhado para receber uma moderna unidade que ocupará quatro mil e quinhentos metros quadrados desse espaço. A Rochinha investiu também na aquisição de equipamentos para a filtragem e purificação de água, utilizada para a fabricação do sorvete e pasteurização do produto.

 

Entre a compra do terreno, investimento em construção e aquisição de modernos maquinários, alguns vindos da Itália e Jamaica, a empresa pretende investir R$ 8 milhões e pretende apostar também em treinamento de equipe. “Não adianta ter máquinas, sem ter profissionais preparados para fazer o trabalho”, afirma Sr. José Lopes, proprietário da Sorvetes Rochinha, que prioriza em seus investimentos a realização de cursos profissionalizantes para parte de sua equipe.

 

Atualmente a Sorvetes Rochinha conta com 25 funcionários, mas pretende ampliar esse número para 45 pessoas, até o próximo ano. A empresa está presente em mais de 600 pontos de vendas em São Paulo, trabalha com 200 carrinhos de sorvetes e, até o verão de 2011, pretende expandir esse número em 25%. Hoje atua exclusivamente com sistema de franquias, com 14 franqueados no litoral paulista e na capital.

 

Ao todo são 29 sabores de picolés, 30 sabores de sorvetes de massa e para o próximo verão pretende lançar três novidades: jabuticaba (picolé); doce de leite (picolé e massa) e brigadeiro (picolé). A empresa pretende também ampliar a produção de novos produtos como o capilé (sorvete em formato menor para ser consumido com caipirinha) e o batilé (sorvete à base de leite).

 

Com a ampliação dos negócios a empresa pretende atingir também grandes capitais brasileiras, começando pelo interior de São Paulo, e outras capitais do sudeste, sul e nordeste. Hoje há pedidos de sorvetes Rochinha em todo o Brasil e até EUA e Europa. “Precisamos primeiro nos organizar para atender a demanda nacional e depois pensar em uma expansão internacional”, afirma Lopes.

 

História de luta - A história da família Lopes é também a de muitos brasileiros que precisaram começar a trabalhar muito cedo e dividir o tempo entre o estudo e a batalha pela sobrevivência. O Sr. José Lopes migrou para São Sebastião, junto com a família de seis irmãos há 47 anos, vindos de Boa Esperança, região do Sul de Minas Gerais.

 

De origem humilde e em uma cidade que não oferecia muitos recursos, o Sr. José Lopes começou a trabalhar aos dez anos de idade. De balconista de açougue e farmácia, a entregador de gás, antes de ajudar o pai na construção civil, Lopes já fez quase de tudo profissionalmente até seguir a carreira de empreendedor do ramo dos sorvetes.

 

A empresa começou modestamente em 1992. Após seis meses da implantação do negócio, a produção, então, começou a ser efetivada e vendida por amigos de seus filhos nas praias das redondezas. No mesmo ano, o Sr. Lopes adquiriu a marca Rochinha, negociada com a venda de uma casa e um carro para o investimento, que a princípio, era uma proposta familiar.

 

A aposta deu tão certo que em dois anos já havia recuperado o investimento inicial e estava reinvestindo os lucros no próprio empreendimento. O sucesso dos Sorvetes Rochinha se deve, principalmente, à utilização de frutas frescas. Na fábrica, elas são higienizadas e cortadas, manualmente, e no caso do sabor coco, um dos clássicos da Rochinha, a fruta é ralada e cozida, em tachos, como na fazenda.

 

Sem perder a raiz de sua origem, o Sr. Lopes continua trabalhando de sol a sol, e além de administrar os negócios, ainda se envolve na criação de novos sabores. Da ideia de uma novidade, como o sorvete jabuticaba, até o produto estar pronto para ser comercializado, leva cerca de um ano. Um ano de dedicação com o empenho de quem acredita no que faz e oferece um produto de qualidade.

 

Veículo: Revista Fator Brasil


Veja também

Marcas recuperam-se e Coca segue como a mais valiosa

Ao mesmo tempo em que a economia começa a se recuperar, as marcas voltam a dar sinais de vida. Mas uma sér...

Veja mais
Lançamento do Magnum Gold

João Campos ainda chama a conservadora de "cabinet". O vice-presidente de sorvetes da Unilever passou quatro anos...

Veja mais
A grande aposta da Havaianas

A grande aposta da Havaianas para 2011 nos Estados Unidos são as alpargatas, os sapatos feitos de tecido que, no ...

Veja mais
CEO da Tesco diz que o rival Carrefour errou ao entrar em muitos mercados

O CEO da varejista britânica Tesco, Terry Leahy, disse ontem que a política de expansão internaciona...

Veja mais
Casas Bahia cancela megaloja de fim de ano

Empresa diz que preferiu concentrar esforços no processo de integração com o Pão de Aç...

Veja mais
Walmart

O Walmart expande a operação de lojas com iniciativas sustentáveis no Brasil. A empresa anuncia hoj...

Veja mais
Negociação entre Bom Gosto e Leitbom, e entre quatro cooperativas, podem criar mais duas gigantes

Concentração em laticínios ganha força   Duas negociações atualmente em...

Veja mais
Casas Bahia cancela realização de megalojas

Inesperadamente, a Casas Bahia anunciou ontem o cancelamento das edições da Super Casas Bahia, que acontec...

Veja mais
Produtores gaúchos de trigo estimam lavoura em alta

Apesar da redução de cerca de 20% na área cultivada nesta safra, os produtores de trigo estã...

Veja mais