Produtores gaúchos de trigo estimam lavoura em alta

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Apesar da redução de cerca de 20% na área cultivada nesta safra, os produtores de trigo estão otimistas quanto ao rendimento e esperam colher 1,8 milhão de toneladas. "O incremento em produtividade garantirá a redução de apenas 10% em produção, em relação à safra passada e não de 20%, em função da área", disse o presidente da Comissão de Trigo da Farsul, Hamilton Jardim. No período 2009/2010, o Estado colheu 2 milhões de toneladas do cereal.

 

O dirigente disse que as chuvas que marcaram os primeiros dias de setembro beneficiaram as lavouras que desde agosto vinham sofrendo com a falta de umidade. No entanto, a partir de agora o ideal é que se mantenha o clima seco, já que a umidade e o calor tendem a favorecer as doenças fúngicas, que já começam a preocupar alguns produtores. "O foco agora é no tratamento sanitário das plantas", alertou o agrônomo e coordenador-técnico da Cotrijal, Robson Sandri. A maioria das lavouras do Estado se encontra agora em fase de formação dos grãos e início de maturação e tende a ser beneficiada também pelo fenômeno La Niña.

 

Nos 14 municípios de atuação da Cotrijal, que cultivam um total de 50 mil hectares, predominam as lavouras em estágio reprodutivo, período em que os cuidados com as doenças fúngicas devem ser redobrados. "Estamos na época mais sensível para o trigo, já com a ocorrência de focos de doenças, mas tudo dentro da normalidade", disse Sandri.

 

Enquanto a lavoura se desenvolve, os preços do cereal preocupam. Segundo Jardim, mesmo com a reação dos valores em agosto, a situação ainda é crítica. "Foi uma pequena elevação, de 10%, o que levou a saca do patamar de R$ 20,00 para R$ 22,00 da variedade pão, muito abaixo do preço mínimo", afirmou o dirigente. O preço mínimo fixado pelo governo é de R$ 31,80.

 

Jardim alertou ainda para a situação dos estoques no Estado que chegam a 370 mil toneladas, às vésperas da entrada de mais grãos no mercado, com a finalização da safra do Paraná. "Os preços hoje estão estagnados após a pequena subida", disse Jardim.

 

Sandri salienta que a grande expectativa do setor é que a estiagem na Rússia possa ter reflexos mais significativos nas cotações do mercado doméstico. "Em cerca de 40 dias, começamos a colheita e tememos a reação do mercado", disse o coordenador-técnico da Cotrijal.

 

Veículo: Jornal do Comércio - RS


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