Setor têxtil qualifica seus fornecedores

Leia em 2min

Para reverter práticas como emprego de trabalho infantil e de estrangeiros ilegais no país, o varejo têxtil lançou programa para qualificar e monitorar fornecedores dentro de critérios de responsabilidade social. "O objetivo é estabelecer um novo ambiente de negócios nessa cadeia produtiva, garantindo a lojistas e consumidores a procedência dos produtos", informa Sylvio Mandel, presidente da Associação Brasileira para o Varejo Têxtil (ABVTEX), que congrega 1,4 mil lojas no país. "A perspectiva é essa qualificação ter efeito multiplicador em todo o setor de moda e confecções, ecoando novas atitudes e modelos produtivos", acrescenta Mandel.

 

Com apoio do Ministério da Indústria e Comércio, Sebrae e centros de capacitação como o Instituto Euvaldo Lodi, entre outras entidades, a iniciativa terá auditorias independentes com foco principal nas questões trabalhistas, cuja conformidade é exigência básica para confecções participarem da qualificação e estar aptas a negociar com redes varejistas.

 

O setor tem cerca de 10 mil fornecedores, que serão cadastrados. A meta é concluir as auditorias até dezembro de 2012 no Estado de São Paulo, atingindo todo o Brasil um ano depois. "A compra consciente chegou à moda, engajada com os problemas sociais", destaca Mandel, informando que os aspectos ambientais, como a geração de resíduos, serão tratados na segunda fase do programa.

 

Entre as redes de varejo que participam do novo programa está a C&A, que criou há quatro anos uma empresa independente, a Organização de Serviço para Gestão de Auditorias de Conformidade (Socam), com objetivo de coibir mão de obra irregular e buscar a melhoria das condições de trabalho na cadeia produtiva.

 

Presente no Brasil há 34 anos com 180 lojas, nas quais há coletores para o descarte de celulares, pilhas e baterias, o grupo lançou pela primeira vez neste ano o relatório de sustentabilidade, com base nas diretrizes da Global Reporting Iniciative (GRI), inaugurando a prática no setor têxtil varejista. A empresa adota biodiesel em toda sua frota e, no fim do ano passado, iniciou as operações da loja construída em Porto Alegre com critérios de ecoeficiência, reduzindo consumo de água e energia.

 

No caso da rede Pernambucanas, com 269 lojas e três centros de distribuição no país, as ações envolvem projetos ambientais e campanhas de voluntariado, beneficiando comunidades do entorno. Cerca de 48% dos resíduos das lojas, separados para coleta seletiva, são enviados para cooperativas de catadores.

 


Veículo: Valor Econômico

 


Veja também

Fleischmann vai além do fermento e investe em sobremesas

A Fleischmann, marca conhecida no País pela produção de fermento, pretende aumentar sua participa&c...

Veja mais
Harald prevê crescer 20% com demanda maior por chocolate

O crescimento da economia do País é um sinal particularmente bom para Ernesto Ary Neugebauer, presidente d...

Veja mais
Ceia de Natal pode custar mais em 2010

Panetones, aves e suínos devem ter preços elevados – o que favorece a importação desse...

Veja mais
Empresas se debatem para definir os preços nos EUA

Os presidentes de empresas americanas começaram a dedicar mais atenção a estratégias de pre&...

Veja mais
Potencial de publicidade no Twitter divide anunciantes

A investida do Twitter Inc. na propaganda está motivando opiniões diversas de alguns publicitários,...

Veja mais
Hering para crianças

As primeiras quatro lojas da Hering Kids – mais recente investida da Hering no mercado infantil – devem ser ...

Veja mais
Crise nos Correios chega às empresas

A crise na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), que já fez suas vítimas na arena pol&...

Veja mais
Ipem autua lojas de brinquedo sem selo do Inmetro

O Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) autuou esta semana seis lojas durante a "Opera&cc...

Veja mais
Carrefour busca novos bancos

A exemplo do que fizeram outras grandes redes de varejo brasileiro, o grupo supermercadista francês Carrefour esta...

Veja mais