Valisere vai abrir 300 franquias da marca

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A Valisere, marca-ícone do segmento de lingerie nos anos 80, quando lançou a campanha "O primeiro sutiã a gente nunca esquece" e ganhou a preferência das consumidoras, perdeu força no mercado nos últimos 30 anos. Para reverter esse quadro, a grife, controlada pelo grupo Rosset, apostou em Belo Horizonte para abrir a segunda loja franqueada da marca - a primeira funciona em São Paulo - das 300 que pretende inaugurar no país até 2015.

 

Instalada no quarto piso do BH Shopping, na região Centro-Sul da Capital, a franquia mineira recebeu aporte de R$ 1 milhão.

 

Segundo a gerente de Marketing e Novos Negócios da Valisere, Genevieve Junqueira, para recuperar a visibilidade que teve no passado, a empresa vai lançar um plano agressivo de marketing, ampliação do mix de produtos e, pela primeira vez no país, pontos de venda exclusivos Valisere. "Nosso objetivo é voltarmos a ter o mesmo alcance que tínhamos nos anos 80."

 

Ainda de acordo com ela, há cerca de um ano o grupo optou por franquear a grife. "As lojas monomarcas são uma tendência do setor, já que é a única maneira de se expor o mix completo de produtos, além de haver um maior controle de posicionamento de preços", justificou.

 

Até o fim de 2010, a ideia é de que haja, pelo menos, seis franquias da marca no Brasil. Atualmente, existem duas: São Paulo e Belo Horizonte. Os outros pontos de venda previstos para este ano serão instalados em Natal (Rio Grande do Norte), Florianópolis, Camboriú (Santa Catarina) e mais um em São Paulo.

 

Belo Horizonte - Para a masterfranqueada da marca no Estado, proprietária do ponto de venda Valisere do BH Shopping, Juliana Moraes, que também comanda as operações da rede belo-horizontina de lingeries Água Fresca, com quatro lojas na Capital, investir em unidades monomarcas é uma tendência mundial que deve ser acompanhada. "Por pesquisas que eu faço, acredito muito nesse projeto", afirmou. "Além disso, apesar de a Valisere não ser a maior marca do segmento no Brasil, é a melhor e a mais vendida na Água Fresca." Segundo ela, cerca de 40% dos produtos comercializados em sua rede de lojas são da marca-ícone dos anos 80.

 

A empresária Juliana Moraes revelou que investiu cerca de R$ 1 milhão na franquia Valisere, instalada em uma loja com 50 metros quadrados. "O valor incluiu, também, o ponto comercial."

 

Conforme Genevieve Junqueira, uma franquia da marca custa entre R$ 300 mil e R$ 400 mil - fora o ponto -, incluindo taxas, capital de giro, estoque inicial, mobiliário, entre outros.

 

Reposicionamento - Além do sistema de franquias, a empresa está em fase de reestruturação, que abrange a revisão de preços e a ampliação do mix. "Até 2009, a Valisere lançava, por ano, cerca de 10 coleções. Hoje, esse número foi ampliado para mais de 40", revelou Genevieve Junqueira.

 

Segundo a gerente de Marketing e Novos Negócios, a Valisere pretende se reposicionar com uma imagem mais voltada para o público jovem. "As meninas que estão entrando na categoria agora desconhecem a marca. Queremos falar com elas, sem nos esquecer das mulheres que foram impactadas com a propaganda do primeiro sutiã e hoje estão com 35, 40 anos", acrescentou.

 

Para se aproximar das jovens, além de investir em uma campanha publicitária com a modelo Kate Moss, a marca aderiu a uma política de reposicionamento de preços. "Nossa linha de produtos básicos tinha um valor elevado que não acompanhava o mercado e não atingia este público", explicou Genevieve Junqueira.

 

Apesar da opção por oferecer itens com preços mais competitivos, a empresária Juliana Moraes, há 14 anos trabalhando no ramo, falou sobre como hoje as mulheres investem mais em peças íntimas. "Antes a lingerie não era muito valorizada, mas hoje é entendida como um acessório de moda e as clientes estão dispostas a pagar mais caro", afirmou. Segundo ela, na Água Fresca, que prevê crescimento de 20% para 2010 sobre 2009, o tíquete médio é de R$ 80.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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