Nordeste pode atrair até 70% mais negócios para logística

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O otimismo dos setores de turismo e industrial em relação ao crescimento da Região Nordeste começa a atrair a atenção dos operadores logísticos de todo o País, dado principalmente o aumento da demanda da região por estes serviços. Empresas do setor, como a Columbia e a Transportadora Americana Logística (Talog), que já possuem centros de distribuição na região, já pensam em ampliação, e, segundo a empresa Herzog, que atua na comercialização de imóveis industriais, a perspectiva é de que no nordeste haja um aumento de até 70% da procura por esses empreendimentos nos próximos dois anos.

 

O grupo Columbia, que inaugurou um novo Centro de Distribuição Avançada (CDA) em Recife (PE), com 6.500 metros quadrados, está tão otimista com a crescente demanda oriunda da Região Nordeste, que já começou a ampliar esta área para 10 mil metros, con investimentos de até US$ 2 milhões de dólares, em todo o projeto. Para o presidente da empresa, Nivaldo Tuba, às medida que se note a necessidade de expansão, a Columbia irá fazê-la.

 

"A expansão dependerá do crescimento da demanda. É notório o crescimento do Estado de Pernambuco, não só pela vinda de diversas empresas, mas também pelo incentivo do governo: Recife pode ter ainda mais investimentos em 2011, e temos como ampliar a capacidade de nosso CDA para 18 mil metros quadrados", comentou o executivo.

 

Tuba ressaltou que além desta unidade recém-inaugurada, a empresa possui mais uma em Salvador (BA), e ambas ajudarão a reduzir os custos da logística para os clientes, já que agora não é mais preciso levar a carga do sul ou do sudeste do País para a distribuição no norte e nordeste. "Muitos dos nossos clientes que têm distribuição no nordeste, o faziam a partir do sul e do sudeste, e agora a intenção é que essa distribuição seja feita a partir do nordeste. Essa unidade de Recife será muito útil para empresas do norte do Brasil, principalmente de Manaus (AM), que poderão escoar suas mercadorias pelo Porto de Suape", disse Tuba.

 

Em relação a tendência dos operadores do setor de locar áreas dentro de grandes condomínios logísticos, Tuba afirmou que esse tipo de acordo é bom para todas as partes, deixando mais capital disponível para avanços tecnológicos. "O condomínio logístico é muito eficaz, pois reduz nossos investimentos em construção, possibilita a ampliação de área com rapidez, e deixa o preço de armazenagem muito atrativo para o cliente, pois nesses espaços é possível agrupar mais de um cliente", afirmou o presidente da empresa. "Nossa previsão neste ano era alcançar um faturamento médio de R$ 1 bilhão, mas vamos ultrapassar muito essa previsão", comemorou Tuba.

 

Para a empresa Talog, que recentemente inaugurou um novo centro de distribuição no interior de São Paulo, a aposta no nordeste é natural em seus negócios, tanto que no final deste mês de outubro a operadora pretende inaugurar o terceiro centro de distribuição em Recife.

 

"A logística tem perspectiva de crescimento bastante grande nos próximos anos, e o nordeste deve ser bastante representativo para o setor, por isso não podemos espera: temos de nos preparar. No final deste mês, iremos inaugurar um novo centro de distribuição em Recife, e com isso ampliar a nossa atuação no estado", diz o presidente da Talog, Celso Luchiari.

 

A nova unidade contará com um espaço de aproximadamente 14 mil metros quadrados e investimentos de R$ 1 milhão em equipamentos, tecnologia e segurança. "Acredito que em termos de equipamentos, TI e segurança, nós investiremos R$ 1 milhão. Mas a possibilidade de crescimento é a grande expectativa da empresa, pois teremos espaço e posição de paletes à disposição de clientes, em um prédio moderno. A Região Nordeste não possuía empreendimentos do porte dos que encontramos no sul e no sudeste, e agora ela tem estruturas semelhantes às dessas regiões", comemorou Luchiari.

 

Crescimento

 

Em meio a essa onda de otimismo em relação à Região Nordeste, a empresa Herzog atesta a nova tendência e prevê uma grande procura por novos centros de distribuição na região. "Hoje não existe mais essa demanda concentrada no Estado de São Paulo: percebemos, pela primeira vez, um movimento migratório rumo ao nordeste brasileiro. Existem muitos investidores interessados em abrir parques logísticos no nordeste, e a previsão é de que a demanda cresça 70% em dois anos", contou a diretora de Serviços Corporativos, Simone Santos.

 

Simone comentou que a região de Recife e o Pernambuco todo têm fortes chances de se tornar a capital nordestina. "Percebemos essa demanda por espaços para a logística, principalmente em Recife, que tem tudo para ser a capital do nordeste, tanto pela infraestrutura, como pelo Porto de Suape, que cresce espantosamente", disse ela.

 


Veículo: DCI


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